Correio de Carajás

Homicida é condenado a 11 anos e 8 meses de prisão

No dia 7 de abril de 2017, o indivíduo Francinaldo Eduardo da Silva, de 30 anos, assassinou a facadas o sogro do dele, José Cloves Barbosa de Oliveira, de 61 anos, nas proximidades do semáforo da Folha 33, na Rodovia Transamazônica. Pois bem, passados 364 dias, ele foi condenado a 11 anos e 8 meses de reclusão em júri popular realizado nesta sexta-feira (6), no Fórum de Justiça de Marabá.

Mas a pena não é das maiores, pois a Defensoria Pública conseguiu derrubar os agravantes e Francinaldo foi condenado por homicídio privilegiado. Isso se deve em parte pelas testemunhas arroladas no processo, como a companheira do acusado, Bruna Kelly Lima de Oliveira, que é filha da vítima.

Na época do crime ela mesma deu entrevista explicando que vivia apanhando de Francinaldo, inclusive estava grávida de quatro meses na época do homicídio, que, aliás, nasceu de desavença entre o pai dela e Francinaldo justamente por causa das agressões feitas pelo réu. Mas agora Bruna negou tudo. Ouvida pela reportagem do CORREIO, ela disse que não apanhava do companheiro e que ele respeitava todo mundo e tinha amizade com todos da rua.

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Mas caiu em contradição ao dizer que no dia do crime os vizinhos mentiram para o pai dela dizendo que Francinaldo a estava espancando. Ela contou também que ele havia sido agredido com paus, tijolos e até uma frigideira com gordura quente justamente pelos vizinhos com que – segundo ela – Francinaldo tinha amizade.

#ANUNCIO

Disse com todas as letras que queria o companheiro livre da cadeia para lhe ajudar a criar os filhos. “Eu quero que ele saia porque eu sofrendo demais para criar um horror de menino desses”, reafirmou, acrescentando que sente muito a morte do pai, mas precisa do companheiro livre: “Dói por dentro, choro muito por causa do meu pai, mas eu quero que ele (Francinaldo) saia”.

Outra que pediu pela absolvição do réu foi a mãe dele, Raimunda Chaves da Silva. Mais comedida que Bruna, ela reconhece o erro de Francinaldo, mas diz querer que ele fique livre logo para poder criar o filho que tem poucos meses de vida. “Quem deve tem a obrigação de pagar, mas eu imagino assim: ele tem um filho pra criar”, resume.

Choro e decepção

Quem estava aos prantos no julgamento era a viúva da vítima, Rosivan Mourão Lima, mãe de Bruna Kelly. Ela reafirmou que Francinaldo era muito violento, muito covarde, inclusive chegou até a agredi-la também. Rosivan diz que o denunciou à polícia na Vila Sororó, onde moravam.

A viúva lembra que no dia do crime estava hospitalizada se recuperando de uma cirurgia de vesícula e quem a acompanhava no hospital era exatamente o marido. Ele a deixou lá só por algumas horas e foi em casa pegar um dinheiro para pagar uma conta de energia. Mas foi assassinado no caminho e ainda teve R$ 200,00 roubados pelo acusado.

Rosivan disse também que temia que sua filha pudesse ser assassinada por Francinaldo a qualquer momento. “Todo dia ela pegava uma taca dele e corria lá pra casa. É um demônio que entrou na minha família”, desabafou.

Saiba Mais

Cinquenta e nove dias depois de ter assassinado o sogro a facadas, Francinaldo se entregou para as autoridades de segurança. Primeiramente ele procurou uma equipe da Guarda Civil Municipal e confessou que tinha assassinado José Cloves. Imediatamente os agentes o entregaram à Polícia Civil, na 21ª Seccional Urbana, na Nova Marabá. Seu julgamento ocorreu exatamente 52 semanas depois do crime.

 

(Chagas Filho com informações de Josseli Carvalho)

No dia 7 de abril de 2017, o indivíduo Francinaldo Eduardo da Silva, de 30 anos, assassinou a facadas o sogro do dele, José Cloves Barbosa de Oliveira, de 61 anos, nas proximidades do semáforo da Folha 33, na Rodovia Transamazônica. Pois bem, passados 364 dias, ele foi condenado a 11 anos e 8 meses de reclusão em júri popular realizado nesta sexta-feira (6), no Fórum de Justiça de Marabá.

Mas a pena não é das maiores, pois a Defensoria Pública conseguiu derrubar os agravantes e Francinaldo foi condenado por homicídio privilegiado. Isso se deve em parte pelas testemunhas arroladas no processo, como a companheira do acusado, Bruna Kelly Lima de Oliveira, que é filha da vítima.

Na época do crime ela mesma deu entrevista explicando que vivia apanhando de Francinaldo, inclusive estava grávida de quatro meses na época do homicídio, que, aliás, nasceu de desavença entre o pai dela e Francinaldo justamente por causa das agressões feitas pelo réu. Mas agora Bruna negou tudo. Ouvida pela reportagem do CORREIO, ela disse que não apanhava do companheiro e que ele respeitava todo mundo e tinha amizade com todos da rua.

Mas caiu em contradição ao dizer que no dia do crime os vizinhos mentiram para o pai dela dizendo que Francinaldo a estava espancando. Ela contou também que ele havia sido agredido com paus, tijolos e até uma frigideira com gordura quente justamente pelos vizinhos com que – segundo ela – Francinaldo tinha amizade.

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Disse com todas as letras que queria o companheiro livre da cadeia para lhe ajudar a criar os filhos. “Eu quero que ele saia porque eu sofrendo demais para criar um horror de menino desses”, reafirmou, acrescentando que sente muito a morte do pai, mas precisa do companheiro livre: “Dói por dentro, choro muito por causa do meu pai, mas eu quero que ele (Francinaldo) saia”.

Outra que pediu pela absolvição do réu foi a mãe dele, Raimunda Chaves da Silva. Mais comedida que Bruna, ela reconhece o erro de Francinaldo, mas diz querer que ele fique livre logo para poder criar o filho que tem poucos meses de vida. “Quem deve tem a obrigação de pagar, mas eu imagino assim: ele tem um filho pra criar”, resume.

Choro e decepção

Quem estava aos prantos no julgamento era a viúva da vítima, Rosivan Mourão Lima, mãe de Bruna Kelly. Ela reafirmou que Francinaldo era muito violento, muito covarde, inclusive chegou até a agredi-la também. Rosivan diz que o denunciou à polícia na Vila Sororó, onde moravam.

A viúva lembra que no dia do crime estava hospitalizada se recuperando de uma cirurgia de vesícula e quem a acompanhava no hospital era exatamente o marido. Ele a deixou lá só por algumas horas e foi em casa pegar um dinheiro para pagar uma conta de energia. Mas foi assassinado no caminho e ainda teve R$ 200,00 roubados pelo acusado.

Rosivan disse também que temia que sua filha pudesse ser assassinada por Francinaldo a qualquer momento. “Todo dia ela pegava uma taca dele e corria lá pra casa. É um demônio que entrou na minha família”, desabafou.

Saiba Mais

Cinquenta e nove dias depois de ter assassinado o sogro a facadas, Francinaldo se entregou para as autoridades de segurança. Primeiramente ele procurou uma equipe da Guarda Civil Municipal e confessou que tinha assassinado José Cloves. Imediatamente os agentes o entregaram à Polícia Civil, na 21ª Seccional Urbana, na Nova Marabá. Seu julgamento ocorreu exatamente 52 semanas depois do crime.

 

(Chagas Filho com informações de Josseli Carvalho)