Em um período de 72h, seis mulheres marabaenses precisaram acionar o 190 para poder ter sua integridade preservada, com a ajuda da Polícia Militar. Elas foram ameaçadas, agredidas e tiveram seus direitos violados, mas os covardes não passaram impunes pela lei, sendo apresentados à delegacia.
A primeira ocorrência foi registrada na última sexta-feira (30) por volta das 10h. Edson Henrique da Silva havia ido até a casa da vítima, situada no Bairro Liberdade, no dia anterior, e quebrado a porta de sua residência com um chute. Segundo a guarnição, a mulher, que estava trancada do lado de dentro, precisou acionar os PMs, pois não conseguia sair.
Horas mais tarde, no mesmo bairro, uma mulher denunciou seu ex-marido Walisson Oliveira Mota por ameaçá-la e segui-la. Diante a situação, os policiais alegam ter precisado levar a vítima e os filhos para casa em segurança, mas lá estava o indivíduo que se recusava a sair da propriedade e continuou fazendo ameaças à ex.
Leia mais:Edson Henrique, Walisson e as envolvidas foram encaminhadas à delegacia a fim de realizar os procedimentos legais mediante os ocorridos.
No sábado (1º), Uilson Oliveira de Souza, Lucivaldo Souza da Silva e Danilo Oening foram apresentados à 21ª Seccional, após serem acusados de agressões contra suas companheiras.
Por volta do meio-dia, uma guarnição foi informada de uma suposta violência doméstica e ao chegar na casa, situada no bairro Nossa Senhora Aparecida, popularmente conhecido como Coca-Cola (Nova Marabá), encontrou uma mulher que assegurou que Uilson a havia agredido com um cabo de vassoura na cabeça e fugido em seguida. Após buscas ele foi encontrado e devidamente abordado.
O segundo caso do dia ocorreu por volta das 15h, quando uma mulher acionou a polícia, assegurando ter sofrido violência doméstica. Uma equipe se deslocou até o Bairro São Miguel da Conquista (Cidade Nova) e lá a vítima foi encontrada chorando e dizendo ter sido agredida fisicamente por Lucivaldo.
Segundo a Polícia Militar, a mulher denunciou que o indivíduo teria dado um soco nas costas dela, atitude que teria sido testemunhada pela filha do casal. Além disso, na versão da vítima, ela também teria sofrido ameaças de morte, o que foi presenciado pela guarnição de apoio que pôde acompanhar o acusado xingando a esposa. Não obstante, Lucivaldo teria tentado bater na mulher na frente da guarnição, que precisou contê-lo com algemas.
As violências não cessaram na sexta-feira e sábado. No domingo (2), Adriano de Sousa Ferreira descumpriu uma medida protetiva contra sua ex-companheira e arrebentou a porta da residência da vítima. Segundo a mulher, antes de acionar a polícia, ela teria pedido para ele ir embora, mas esse teria insistido e entrado pela porta dos fundos. (Thays Araujo)