Correio de Carajás

Homenagens aos que faleceram devem atrair 20 mil aos cemitérios de Parauapebas

Homenagem aos que faleceram devem atrair 20 mil aos cemitérios de Parauapebas

Neste sábado, 2 de novembro, é comemorado o Dia de Finados, um feriado religioso, dedicado a orações e homenagens aos que já se foram. Os dois cemitérios de Parauapebasestão sendo revitalizados há 10 dias com limpeza, grama sendo roçada, coleta de entulhos, pintura de muros dos cemitérios e da capelinha. “É uma preocupação manter o ambiente limpo, agradável para receber as pessoas que vão visitar os familiares e amigos nestes locais”, conta a secretária municipal de Urbanismo, Selma Monteiro Dantas. Cerca de 20 mil pessoas devem visitar os dois cemitérios da cidade, entre às 6h e às 18h.

O cemitério Jardim Eterno, localizado no Bairro Rio Verde, se encontra desativado e só realiza enterro em sepulturas de familiares que já têm jazigo. O Jardim da Saudade, localizado às margens da Rodovia Municipal Faruk Salmen ainda tem capacidade, no entanto, a secretária informou que há estudos de outro local para a construção de um terceiro cemitério com maior capacidade física.

Estão sendo aguardas as tradicionais missas celebradas pelo padre Hudson na capela do cemitério. O Dia de Finados também é o momento da venda de flores às proximidades do campo santo, e muitos visitantes optam por flores artificiais para terem mais durabilidade. O comércio de velas também é intenso no local, porque muitos moradores de Parauapebas que têm parentes enterrados em outros municípios seguem a tradição de acender uma vela em memória do ente querido.  

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Programação das missas

A Igreja Católica programou a celebração de três missas no local. Segundo padre Hudson, a primeira missa será realizada às 8 horas, a segunda às 10 horas e a terceira às 16 horas. Também ocorrerá celebração de missa no cemitério antigo. Uma às 8 horas e outra às 16 horas. 

De acordo com o coordenador do cemitério, Juvenal de Lima Freire, além da programação religiosa, outras ações também serão realizadas no local, como a ação de saúde e social que todo ano é realizada pela Igreja Adventista do Sétimo Dia. Membros da igreja oferecem aferição de pressão arterial e exames rápidos de glicemia, assim como distribuem água para os visitantes.

Os ambulantes que vendem artigos voltados à data também estão organizados. Desde a quinta-feira (31), que não há mais vaga para quem quer vender no cemitério.

O coordenador explica que antigamente os ambulantes montavam pontos de vendas dentro e na área de estacionamento do cemitério. No entanto, foi proibida a venda do lado de fora, porque atrapalhava o trânsito. “Nada é cobrado deles, mas precisam vir com antecedência, para reservar sua vaga”, diz Juvenal.

Um dos que garantiram seu espaço é Glerisnaldo Vieira Barbosa, de 45 anos. Ele diz que vende um pouco de tudo, como flores, coroas, velas e outros adereços. Os preços, segundo eles, estão acessíveis e para todos os bolsos, em uma média de R$ 5,00 a R$ 45,00. 

Segundo Juvenal, atualmente no cemitério, que está em atividade desde 2000, há quase 10 mil pessoas sepultadas. Desse total, mais de 60% são de jovens na faixa etária de 15 a 30 anos. A maioria vítima de acidente de trânsito e homicídio. “Infelizmente essa é realidade”, lamenta.

Para garantir a segurança das pessoas que forem visitar seus entes queridos, a Polícia Militar e Guarda Municipal estarão fazendo rondas na área e com equipes dentro do cemitério. No estacionamento, agentes do Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (DMTT) irão coordenador o tráfego de veículos no local.   (Tina Santos, Ronaldo Modesto e Theíza Cristhine)