A companheira do agricultor Claudivan Alves Rocha, de 53 anos, passou cinco dias sofrendo horrores nas mãos do homem até que ele fosse preso, em flagrante, pela Polícia Militar de Parauapebas, nesta semana. Coberta de hematomas visíveis por todo o corpo, ela conseguiu fugir e pedir ajuda de outras pessoas, que acionaram ajuda policial na madrugada de terça (24).
A juíza Adriana Karla Diniz Gomes da Costa, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Parauapebas, homologou a prisão em flagrante e a converteu em preventiva, mantendo Claudivan encarcerado. O palco do terro cometido contra a vítima foi o Projeto de Assentamento Itacaiunas, área que pertence à zona rural de Marabá, mas é geograficamente mais próxima de Parauapebas, a 65 quilômetros do centro.
Claudivan é acusado de tortura, violência doméstica, cárcere privado e ameaça de feminicídio contra a mulher, que também tem 53 anos. Ela relatou viver com o homem há quatro meses e desde o dia em que foi morar com Claudivan começou a ser agredida. Segundo a mulher, quando o homem estava sóbrio era “até calmo”, mas quando se embriagava ficava agressivo e violento. Ela acrescentou que ele consumia bebida alcoólica diariamente.
Leia mais:“Ele podia sair, eu não. Eu tinha medo de morrer, apanhava e sofria ali, calada, tinha medo de morrer, vi a morte na minha frente”, relatou a mulher. O acusado, que é natural de Aquidabã (SE) e deverá ser transferido para Marabá, onde responderá pelo crime contra a companheira. (Tina Santos)