Renilton de Sousa Nobre, conhecido como “China” sentou no banco dos réus mais de um ano depois de ter assassinado uma pessoa e ferido outras duas. O crime aconteceu no Réveillon de 2019 em uma arena montada pela prefeitura do município de Canaã dos Carajás.
Segundo testemunhas, o acusado teria visto a namorada dele, Thaís Felix, dançando com outro rapaz, Geovane Batista Belém. Houve confusão, Renilton sacou uma arma de fogo e efetuou quatro disparos. Dois deles atingiram Geovane. O jovem de 22 anos morreu no local minutos depois. Outro tiro acertou o pescoço da namorada. Ela sobreviveu. Foi socorrida por populares e levada ao Hospital Municipal.
O estudante Eduardo Machado, que comprava bebida quando foi atingido no peito pelo quarto disparo, também conseguiu resistir aos ferimentos. Na época, os sobreviventes passaram por cirurgia, mas ficaram com as balas alojadas perto da coluna.
Leia mais:Renilton foi identificado pela polícia e teve a prisão preventiva decretada. O acusado ficou foragido por aproximadamente três meses até ser localizado e detido no município de Bannach, no sul do Pará, depois de cometer um assalto.
O júri popular iniciou na manhã desta quarta e deve entrar pela noite. Por causa da pandemia, a abertura do Fórum, ao público, foi proibida por medida de segurança. No salão onde ocorre o julgamento, participam apenas familiares das vítimas e do réu.
O júri é comandado pela juíza de direito de Canaã, Kátia Tatiana Amorim de Sousa. A promotora de justiça, Aline Cunha, que também participa do julgamento, pediu pena de 30 anos de prisão ao acusado. E o advogado de defesa é Manacés Moreira. (Nyelsen Martins)