Correio de Carajás

Homem que matou e ocultou corpo da ex confessa detalhes cruéis

Márcio Basílio Furtado foi transferido para o Centro de Triagem Masculino de Marabá (CTMM), após ser autuado em flagrante pela ocultação do cadáver da ex-companheira, Eliane de Sousa Jorge, de 37 anos. Além disso, foi aberto um inquérito na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) para investigar o homicídio da mulher, com quem ele foi casado por 20 anos e cujo crime confessou ter cometido.

Márcio foi preso na tarde de ontem, quinta-feira (21), após apontar onde estava o cadáver de Eliane, às margens da Rodovia BR-230, à altura do km 15, sentido Itupiranga. Ela estava desaparecida desde às 14 horas da última quarta-feira (20), quando foi vista pela última vez após sair do trabalho.

Ainda na madrugada de quinta os familiares da vítima procuraram a 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil para informar o desaparecimento e acrescentaram que o ex-companheiro havia procurado por ela. Pela manhã, a equipe da Deam foi em busca dele e descobriu que o homem estava internado no Hospital Municipal de Marabá (HMM) por ter sofrido um acidente de trânsito.

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Na noite anterior, quarta, por volta das 21 horas, Márcio estava dirigindo pela rodovia quando perdeu o controle do veículo e capotou próximo à Vila São José, conhecida como Quilômetro Oito. Em seguida, foi socorrido pela equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado à casa de saúde. No veículo, foram encontrados o uniforme e documentos pessoais de Eliane.

HISTÓRIA MIRABOLANTE

Ao ser ouvido, ainda no hospital, Márcio contou uma história bastante estranha e cheia de contradições à Polícia Civil. De acordo com a delegada Ana Paula Fernandes, responsável pelo caso, ele informou que os dois teriam passado a tarde em um motel e, ao saírem do estabelecimento, foram abordados por dois homens em um veículo.  Acrescentou que os bandidos entraram no carro com o casal e seguiram com os dois, passando horas rodando.

Ainda segundo a delegada, em dado momento, Márcio relatou ter conseguido abrir uma das portas de trás e informou que Eliane conseguiu pular do carro. “Ele diz que ficou no veículo e que neste momento os bandidos teriam parado o carro e ido atrás dela, deixando ele sozinho. Afirma que então assumiu a direção e foi embora, tendo sofrido um acidente em seguida”.

A Polícia Civil continuou a fazer diligências e percebeu que havia incoerências no relato, retornando ao hospital. “Após nova conversa com ele, acabou confessando que havia matado a ex e ocultado o corpo e afirmou que iria nos levar ao local para apontar onde estava. Saímos com e ele, que nos indicou o ponto exato onde o corpo estava, e posteriormente contou com detalhes o que ocorreu, confessando a prática do feminicídio, com ocultação”, informou Ana Paula.

Como já havia passado o período de flagrante do crime de homicídio, a Polícia Civil só pode autuá-lo pela ocultação, motivo pelo qual está encarcerado. “Foi instaurado inquérito por portaria para o caso do homicídio e agora estamos concluindo as investigações”.

CRUELDADE

Márcio relatou com detalhes, para a Polícia Civil, como matou a ex-companheira. “Ele diz que os dois tiveram uma discussão no motel e ele desferiu uma facada nela, na região do pescoço. Posteriormente – com ela ainda viva – ele a colocou no veículo e eles rodaram com ele dizendo que iria levar ela para o hospital. Chegando ao local onde o corpo foi deixado ele a asfixiou, finalizou o crime, utilizando galhos e cipó”. Após concluir o homicídio e ocultar o corpo, no caminho de volta, Márcio sofreu o acidente.

SEM DENÚNCIA

A delegada Ana Paula Fernandes destacou que não havia qualquer boletim de ocorrência registrado pela mulher relatando ameaças ou agressões sofridas. “É importante ressaltar que ela não possuía nenhum registro junto à Delegacia da Mulher, nunca havia pedido qualquer medida protetiva para evitar que acontecesse isso. Ela nunca havia feito qualquer denúncia”, diz.

Ainda segundo a autoridade, denúncias em casos de relacionamentos abusivos podem salvar vidas.   “É importante a vítima denunciar e fazer o pedido de medidas protetivas”, disse, informando que os dois passaram aproximadamente 20 anos juntos e estavam separados há alguns meses, mas continuavam se encontrando. (Luciana Marschall com informações de Evangelista Rocha)

 

 

Márcio Basílio Furtado foi transferido para o Centro de Triagem Masculino de Marabá (CTMM), após ser autuado em flagrante pela ocultação do cadáver da ex-companheira, Eliane de Sousa Jorge, de 37 anos. Além disso, foi aberto um inquérito na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) para investigar o homicídio da mulher, com quem ele foi casado por 20 anos e cujo crime confessou ter cometido.

Márcio foi preso na tarde de ontem, quinta-feira (21), após apontar onde estava o cadáver de Eliane, às margens da Rodovia BR-230, à altura do km 15, sentido Itupiranga. Ela estava desaparecida desde às 14 horas da última quarta-feira (20), quando foi vista pela última vez após sair do trabalho.

Ainda na madrugada de quinta os familiares da vítima procuraram a 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil para informar o desaparecimento e acrescentaram que o ex-companheiro havia procurado por ela. Pela manhã, a equipe da Deam foi em busca dele e descobriu que o homem estava internado no Hospital Municipal de Marabá (HMM) por ter sofrido um acidente de trânsito.

Na noite anterior, quarta, por volta das 21 horas, Márcio estava dirigindo pela rodovia quando perdeu o controle do veículo e capotou próximo à Vila São José, conhecida como Quilômetro Oito. Em seguida, foi socorrido pela equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado à casa de saúde. No veículo, foram encontrados o uniforme e documentos pessoais de Eliane.

HISTÓRIA MIRABOLANTE

Ao ser ouvido, ainda no hospital, Márcio contou uma história bastante estranha e cheia de contradições à Polícia Civil. De acordo com a delegada Ana Paula Fernandes, responsável pelo caso, ele informou que os dois teriam passado a tarde em um motel e, ao saírem do estabelecimento, foram abordados por dois homens em um veículo.  Acrescentou que os bandidos entraram no carro com o casal e seguiram com os dois, passando horas rodando.

Ainda segundo a delegada, em dado momento, Márcio relatou ter conseguido abrir uma das portas de trás e informou que Eliane conseguiu pular do carro. “Ele diz que ficou no veículo e que neste momento os bandidos teriam parado o carro e ido atrás dela, deixando ele sozinho. Afirma que então assumiu a direção e foi embora, tendo sofrido um acidente em seguida”.

A Polícia Civil continuou a fazer diligências e percebeu que havia incoerências no relato, retornando ao hospital. “Após nova conversa com ele, acabou confessando que havia matado a ex e ocultado o corpo e afirmou que iria nos levar ao local para apontar onde estava. Saímos com e ele, que nos indicou o ponto exato onde o corpo estava, e posteriormente contou com detalhes o que ocorreu, confessando a prática do feminicídio, com ocultação”, informou Ana Paula.

Como já havia passado o período de flagrante do crime de homicídio, a Polícia Civil só pode autuá-lo pela ocultação, motivo pelo qual está encarcerado. “Foi instaurado inquérito por portaria para o caso do homicídio e agora estamos concluindo as investigações”.

CRUELDADE

Márcio relatou com detalhes, para a Polícia Civil, como matou a ex-companheira. “Ele diz que os dois tiveram uma discussão no motel e ele desferiu uma facada nela, na região do pescoço. Posteriormente – com ela ainda viva – ele a colocou no veículo e eles rodaram com ele dizendo que iria levar ela para o hospital. Chegando ao local onde o corpo foi deixado ele a asfixiou, finalizou o crime, utilizando galhos e cipó”. Após concluir o homicídio e ocultar o corpo, no caminho de volta, Márcio sofreu o acidente.

SEM DENÚNCIA

A delegada Ana Paula Fernandes destacou que não havia qualquer boletim de ocorrência registrado pela mulher relatando ameaças ou agressões sofridas. “É importante ressaltar que ela não possuía nenhum registro junto à Delegacia da Mulher, nunca havia pedido qualquer medida protetiva para evitar que acontecesse isso. Ela nunca havia feito qualquer denúncia”, diz.

Ainda segundo a autoridade, denúncias em casos de relacionamentos abusivos podem salvar vidas.   “É importante a vítima denunciar e fazer o pedido de medidas protetivas”, disse, informando que os dois passaram aproximadamente 20 anos juntos e estavam separados há alguns meses, mas continuavam se encontrando. (Luciana Marschall com informações de Evangelista Rocha)