Correio de Carajás

Homem mantinha esposa e filhos em cárcere privado

Daniel de Oliveira também é acusado de agredir a mulher fisicamente / Foto: Divulgação

Policiais militares da 23ª Companhia Independente (CIPM) de Pacajá prenderam em flagrante um homem acusado de manter em cárcere privado a companheira de 25 anos de idade e dois filhos do casal na zona rural do município. O caso está sendo acompanhado pela Delegacia de Polícia Civil.

A situação da mulher, mãe de uma criança de colo e de outra de sete anos, chegou ao conhecimento da Polícia Militar por meio de denúncia anônima. Na última segunda-feira (7) a guarnição militar se deslocou até a comunidade rural Rio Cururuí, localizada no núcleo “A” de um Projeto de Assentamento e distante 80 quilômetros do centro urbano de Pacajá, para averiguar a denúncia.

Segundo os policiais, não foi difícil encontrar o acusado, Daniel de Oliveira, de 23 anos de idade, morador do lugarejo que mantinha em situação de penúria a companheira. Ela, ao perceber a presença dos policiais, saiu de dentro de um matagal em meio à chuva que caía forte na noite de segunda-feira, por volta de 21 horas.

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Aos policiais a vítima relatou atrocidades e horrores vividos na companhia de Daniel. Em uma ocasião, diz ter sofrido um espancamento que provocou um aborto e teve ajuda médica negada. “Ele não deixou eu ir pro hospital”. Perguntada sobre o que estava fazendo escondida, a mulher disse que estava com muito medo.

A vítima completou dizendo que estava há mais de 30 dias impedida de sair do casebre onde o casal morava e teve o cartão do Auxílio Brasil confiscado pelo acusado. O homem, ao ser preso, tentou negar as acusações. Com ele, foram apreendidas uma faca e uma arma de fogo.

Faca e arma de fogo foram apreendidas em posse dele / Foto: Divulgação
Faca e arma de fogo foram apreendidas em posse dele / Foto: Divulgação

Inicialmente, ele foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Pacajá, onde está à disposição da Justiça. Daniel deverá ser transferido em breve para o presídio de Tucuruí, onde aguardará decisão judicial sobre o caso. (Antonio Barroso – freelancer)