Juvêncio Teixeira Barroso, de 26 anos, voltava da escola onde estudava quando foi alvejado com três tiros, morrendo a poucos metros da casa onde morava, na Rua Amsterdam, no Bairro Betânia, em Parauapebas. O crime aconteceu por volta de 21 horas de quinta-feira, 06, e deixou em choque o pai da vítima, José Maria, de 66 anos, que diz não saber o que poderia ter motivado a morte do filho, que estava tentando concluir os estudos.
Segundo testemunhas, Juvêncio foi executado por dois homens que estavam em uma motocicleta. Os criminosos estariam parados debaixo de uma árvore e, quando ele se aproximou, foi assassinado. A dupla fugiu após ver a vítima cair.
Um deles acabou sendo identificado como Bruno da Silva Maritiano, após um trabalho rápido de investigação conduzido pelo delegado Gabriel Henrique. Bruno foi preso ainda pouco tempo depois do crime.
De acordo com José Maria, o filho atualmente estava desempregado e decidiu voltar a estudar. “Ele estava se esforçando muito para isso. Eu realmente não sei o que pode ter motivado sua morte, porque nunca soube que ele tivesse inimigos”, declarou o homem, completamente desnorteado ao saber da morte do filho.
Segundo o delegado Gabriel Henrique, que está à frente do caso, tão logo a equipe policial chegou ao local do crime ouviu testemunhas que passaram informações como a marca da moto utilizada, características físicas dos criminosos e as roupas que vestiam. Com base nesse levantamento, começou-se a traçar a investigação.
“Um colaborador nosso, com base nas caraterísticas dos criminosos, informou a um dos nossos investigadores que um dos assassinos estava escondido no Residencial Alto Bonito. Montei uma equipe e fomos para o local, onde colhemos mais informações e, em frente a um dos blocos, encontramos a moto, reconhecida como sendo a usada pelos assassinos. Fizemos o levantamento dos moradores daquele bloco e identificamos que no apartamento 43 morava uma mulher que havia tido um relacionamento amoroso com a vítima. Com base nisso, entramos no apartamento e encontramos o acusado”, relata o delegado.
CIÚMES
Segundo Gabriel Henrique, a mulher há cerca de quatro anos manteve um relacionamento amoroso com Juvêncio, com quem tem um filho. Ela agora vive com Bruno, que teria ciúmes dela e da vítima.
Por conta dessa desavença, Bruno alega que Juvêncio o teria ameaçado de morte. “Ele contou os detalhes de como planejou o crime”, diz o delegado, informando que quando entraram o apartamento, localizaram Bruno e a mulher.
Na hora, Bruno ainda tentou negar o crime, mas na revista feita no apartamento foi encontrado o revólver calibre 38 com duas munições intactas e ainda com forte cheiro de pólvora, demonstrando que arma havia sido utilizada pouco antes. “Após ele ver que não tinha como negar, porque as provas eram evidentes, assumiu que foi quem atirou e matou a vítima e alegou que tudo foi motivado por ciúmes”, relata Gabriel Henrique.
No apartamento, segundo o delegado, também foi encontrada uma porção de maconha, que o acusado alegou ser apenas para consumo. “Realmente é para o consumo dele, mas ele já tem passagem pela polícia por roubo qualificado. Eu mesmo fiz o flagrante dele por esse crime há cerca de três meses”, frisa Gabriel Henrique, acrescentando que o acusado foi autuado em flagrante por homicídio qualificado, por motivo torpe e sem chance de defesa à vítima. (Tina Santos – com informações de Ronaldo Modesto)