Correio de Carajás

Homem é executado mesmo com colete a prova de balas

A Polícia Civil de Parauapebas abriu inquérito para investigar o assassinato de Luciano Cardoso de Sousa, de 29 anos, que trabalhou como mototaxista, mas atualmente tocava um restaurante no bairro Novo Brasil. Chama atenção nesse caso o fato de que Luciano, quando foi assassinado, estava usando um colete a prova de balas. Mas isso não impediu a ação do pistoleiro, que desferiu pelo menos quatro tiros na cabeça da vítima, perfurando o capacete que usava quando foi atacado em plena via pública, ainda em cima de sua motocicleta, na rua Perimetral Sul, bairro Beira-Rio.

O assassinato aconteceu por volta das 14h30 da última terça-feira (5), quando um elemento desconhecido em uma motocicleta Honda Broz efetuou os disparos de arma de fogo calibre 380 em Luciano, que ainda chegou a ser atendido, mas morreu no Hospital Geral de Parauapebas.

Segundo informações colhidas pela Polícia Militar entre populares no local, Luciano seria comerciante de drogas e teria tentado matar um outro elemento dias antes. Diante disso, uma das linhas de investigação é de que o crime teria sido motivado por disputa de boca de fumo. Mas há outras hipóteses investigadas.

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Outra informação apurada pela reportagem deste CORREIO é de que Luciano seria agiota (que empresta dinheiro a juros de forma ilegal) e teria emprestado grande quantia de dinheiro para uma pessoa, a quem vinha fazendo cobranças sistemáticas.

Por outro lado, uma irmã da vítima, Laiane da Conceição Sousa, conversou com a reportagem e não confirmou os boatos de que seu irmão mexia com tráfico de drogas, tampouco com agiotagem. Mas ela confirmou que Luciano escapou de outra tentativa de assassinato poucos dias atrás, perto da residência da família dele, por isso Luciano não estava nem saindo de casa.

Perguntada se existe algum suspeito, ela disse não saber, pois não tem conhecimento de algum desentendimento recente do irmão. “Não tenho muitas informações sobre isso, ele não conversava comigo sobre isso”, rechaçou Laiane Sousa.

Perguntada sobre por que Luciano andava de colete a prova de balas, ela disse que não sabia que ele já tinha comprado o colete, mas admitiu que ele tinha interesse em comprar. Questionada sobre o motivo de adquirir o colete, ela desconversou: “A gente gosta dessas coisas de militarismo”.

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Luciano morava no bairro União e no momento em que foi abordado pelo criminoso carregava sua esposa, grávida, na garupa da moto, mas o pistoleiro nada fez contra ela, deixando claro que ele era o único alvo da ação criminosa. Além do filho que ainda vai nascer, Luciano deixo outro bebê de 11 meses, que agora é órfão de pai.

(Chagas Filho com informações de Ronaldo Modesto)