Wallisson Patrick Costa Scarparo, 23 anos, foi condenado a 12 anos de prisão pelo assassinato da estudante Yasmim França Bueno, de 14 anos. O crime ocorreu em março de 2016, em Xinguara, sul do Estado. Segundo testemunhas, ele e a vítima mantinham um relacionamento amoroso e ela estava grávida. O julgamento, que durou cerca de 7 horas, foi realizado na quarta-feira, 14, no auditório da Associação Comercial e Empresarial de Xinguara (ACIAPA).
O delegado José Orimaldo informou à imprensa que Wallisson foi preso um dia após o delito, tendo confessado em depoimento que cometeu o crime durante uma briga entre o casal e devido à gravidez da adolescente. O jovem contou à Polícia Civil que foi até a casa dos avós da adolescente para conversar com ela, que estava sozinha. A vítima o teria pressionado a assumir um filho que estaria esperando. O desentendimento causou a briga e o assassinato.
Segundo a Polícia Civil, familiares receberam mensagem da adolescente durante a madrugada do dia do crime em uma rede social, dizendo que havia um homem desconhecido dentro de casa e pedindo ajuda. Os investigadores acreditam que o pedido tenha sido enviado, na verdade, por Wallisson e que Yasmin já estaria morta. Em uma rede social, antes de ser preso, o rapaz chegou a lamentar a morte da vítima.
Leia mais:“Sua alegria contagiava muitas pessoas. Como pode? Descanse em paz… Saudade é eterna… #Luto Yasmin Amiga”, escreveu Wallisson, em seu perfil no Facebook.
O corpo de Yasmim foi encontrado na manhã do dia 22 de março de 2016 por familiares. Ela estava seminua, com duas perfurações no lado esquerdo do peito, lacerações no pescoço e coxas, além de sinais de abuso sexual. O réu confesso, que na época do crime tinha 18 anos, já estava recolhido há anos em um presídio de Marabá, onde deverá permanecer pelos próximos sete anos, cumprindo, assim, a condenação. Ele poderá progredir para o regime semiaberto. (Delmiro Silva)