Correio de Carajás

Hoje é dia de celebrar a “Rainha das Rotatórias” em Marabá

No Dia da Árvore, 21 de setembro, conheça a Sumaúma, uma árvore que guarda e distribui água para outras espécies e está por vários cantos de Marabá

Elas estão por todos os lados da cidade. Embelezam as ribanceiras do Itacaiunas e Tocantins, mas também encantam as famosas rotatórias da Nova Marabá. São as sumaúmas, ou, numa versão mais acadêmica: samaúma. Considerada Rainha da Amazônia, ela era sagrada para os maias, no México, e para diversos povos indígenas brasileiros.

Neste Dia da Árvore, em 21 de setembro, não descobrimos nenhuma ação educativa de responsa em Marabá. Então, decidimos mostrar ao leitor as curiosidades desta árvore que não está em extinção porque se reproduz muito fácil, assim como poder ser derrubada porque seu tronco é relativamente frágil.

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Nova Marabá, o núcleo das folhas, tem árvores plantadas em suas rotatórias. E, advinha quem povoa com mais intensidade esses espaços que servem para acumular água das chuvas? Ela mesma, a Rainha Sumaúma. A Reportagem do CORREIO contou, pelo menos, 11 árvores desta espécie na Rotatória da Fundação Casa da Cultura de Marabá. Mas também está presente na Rotatória do Posto Verdes Mares e na Rotatória da Folha 23.

Mas quem ainda não percebeu, na Rotatória do encontro dos núcleos Cidade Nova, Marabá Pioneira e Nova Marabá, ali estão as belas e frondosas Sumaúmas a enfeitar o espaço público. Mas não para por aí. Ao longo do trecho duplicado da Rodovia Transamazônica, há dez anos, elas foram plantadas e floresceram facilmente.

Mas quem ainda não prestou atenção, pode se ligar naquela que talvez seja uma das mais bonitas Sumaúmas da área urbana de Marabá na atualidade: a que fica na cabeceira da ponte sobre o Rio Itacaiunas, dentro da área do Dnit, no Bairro Amapá. Há alguns anos, ganhou uma iluminação especial e pode ser apreciada por quem passa na BR-230.

Na margem do Itacaiunas, essa Sumaúma resiste e atrai olhares dos marabaenses e turistas

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Com alturas que variam de 60 a 70 metros (mas que podem chegar a 90), a “mãe-das-árvores” é conhecida pela imensidão do tronco — que pode ter cerca de três metros de diâmetro — e pela capacidade de retirar água das profundezas do solo para abastecer não apenas a si mesma, mas também para irrigar outras espécies da região.

Também chamada de mafumeira, sumaúma e kapok, a majestosa árvore tem madeira macia e produz frutos bastante utilizados na produção de estofados e no enchimento de almofadas e travesseiros. Por conta da fibra presente nas sementes, o material se tornou uma alternativa ao algodão e característica-chave da planta.

Nativa de regiões da América Central, do norte da América do Sul e da África Ocidental, a sumaúma também apresenta propriedades medicinais.

Além de o chá da casca funcionar como diurético, diferentes partes da Ceiba pentandra (nome científico da espécie) podem ser utilizadas no tratamento de doenças como bronquite, artrite e conjuntivites.

Uma verdadeira herança do poder da flora latino-americana, as ramificações do tronco junto às raízes da sumaúma formam compartimentos altos, os quais são muitas vezes utilizados como abrigo e habitação para povos indígenas e outras populações locais.

Árvore sagrada e uma das maiores da Floresta Amazônica, a imponente mafumeira encanta visitantes e continua como forte símbolo de força e proteção para aqueles que vivem sob seu reinado natural.

(Ulisses Pompeu com informações de www.hypeness.com.br)