Correio de Carajás

Histórias, futebol e cachorro quente no Bairro Jardim União

Em 2013, o jovem Daniel Edyan Soares idealizou um projeto social para beneficiar crianças do Bairro Jardim União, localizado na periferia de Marabá. Ele envolvia futebol, o que até aí é parecido com muitos outros existentes na cidade. Junto com amigos, Daniel conseguiu oferecer algo mais, com orientação sobre solidariedade, respeito, valorização das relações familiares, contação de histórias e, ao final de tudo, um lanche para a garotada.

Batizado de “JPEG de Futebol”, o projeto é coordenado atualmente pelo xará Daniel Silva, Daniela Thauana Soares e Débora Corrêa de Andrade, mas eles recebem o reforço de outros 30 amigos da Primeira Igreja Batista (PIB) de Novo Horizonte. O grupo se reveza e todos os finais de semana vão ao Jardim União para realizar atividades educativas, sendo sábado com as meninas e domingo com os meninos.

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Cinco anos depois de criado, o JPEG de Futebol não para de crescer. As atividades ocorrem em uma imensa área da igreja no Jardim União, onde foi construído um campo de futebol muito frequentado pela garotada, que atualmente já soma cerca de 60, na idade entre 6 a 16 anos.

#ANUNCIO

Vão chegando às 14 horas, participam de uma preleção com o grupo de jovens, onde também fazem relatos de alguns fatos de suas vidas. Daniela Thauana relata como, ao passar do tempo, os meninos ficaram mais focados e comprometidos.

“Há histórias de vida incríveis. A grande maioria é de família com uma situação financeira difícil. Para alguns, não falta apenas o arroz, feijão e carne. Faltam pai, mãe, carinho e compreensão. São meninos que sempre intercedem pelos seus familiares, amigos (facilmente perceptível pelos pedidos de oração que fazem). Eles melhoraram muito o comportamento (diminuíram as brigas, palavrões, desobediência e mentiras)”, narra.

Valores

O futebol é o “chama”, o elemento catalisador, e o grupo de jovens da PIB de Novo Horizonte pretende, de fato, contribuir para aprimorar o estilo de vida dos meninos. “Estamos trabalhando com eles para que continuem melhorando no comportamento e se tornem homens que saibam respeitar, sejam solidários, conscientes de seus papéis e que possam modificar as suas histórias, construindo a família que desejam”, pondera Thauana.

Como têm formação religiosa, os jovens passam os mesmos valores para as crianças e adolescentes, para que “descubram o amor e propósito de Deus para a vida deles. Oferecemos uma “historia” geralmente com viés bíblico, com princípios e valores morais. Depois, passamos para o futebol, em seguida um lanche, como cachorro quente, por exemplo”.

Segundo Thauana, o financiamento das atividades vem de contribuição dos membros da igreja, e mais recentemente de patrocínios para aquisição de kits de uniformes que serão entregues daqui a 15 dias. “O Cyber PontoCom, a Escola Espaço da Criança e a Multiclean Soluções e Tratamentos Ambientais estão custeando os uniformes”, revela.

Depois de meia década de JPEG de Futebol, algumas crianças cresceram e saíram da faixa etária dos beneficiários. Como algumas delas não queriam deixar o grupo, acabaram sendo promovidos a monitores e hoje contribuem com os jovens da organização. “Nosso objetivo é treiná-los para nos ajudar e, quem sabe, futuramente coordenarem o próprio projeto”, destaca Thauana.

Um chegando, outro saindo

Anderson Souza, 15 anos, é goleiro no JPEG e, embora esteja há três anos no projeto, diz que teme ter de sair ano que vem, quando completar 16. “Estou aqui direto, no domingo, e minha irmã no sábado. As palestras que eles fazem são muito boas e o futebol é organizado. Quero continuar por aqui”, garante.

Ian Pablo Aguiar da Silva, de 11 anos, ainda não tem a rodagem de Anderson no Projeto. Ele foi matriculado no último domingo, participou da palestra, jogou futebol e lanchou com os colegas do bairro Jardim União. “Eu fui convidado por outro amigo, gostei muito e agora não quero sair”, disse sorrindo, ainda encantado com a novidade. (Divulgação)

Em 2013, o jovem Daniel Edyan Soares idealizou um projeto social para beneficiar crianças do Bairro Jardim União, localizado na periferia de Marabá. Ele envolvia futebol, o que até aí é parecido com muitos outros existentes na cidade. Junto com amigos, Daniel conseguiu oferecer algo mais, com orientação sobre solidariedade, respeito, valorização das relações familiares, contação de histórias e, ao final de tudo, um lanche para a garotada.

Batizado de “JPEG de Futebol”, o projeto é coordenado atualmente pelo xará Daniel Silva, Daniela Thauana Soares e Débora Corrêa de Andrade, mas eles recebem o reforço de outros 30 amigos da Primeira Igreja Batista (PIB) de Novo Horizonte. O grupo se reveza e todos os finais de semana vão ao Jardim União para realizar atividades educativas, sendo sábado com as meninas e domingo com os meninos.

Cinco anos depois de criado, o JPEG de Futebol não para de crescer. As atividades ocorrem em uma imensa área da igreja no Jardim União, onde foi construído um campo de futebol muito frequentado pela garotada, que atualmente já soma cerca de 60, na idade entre 6 a 16 anos.

#ANUNCIO

Vão chegando às 14 horas, participam de uma preleção com o grupo de jovens, onde também fazem relatos de alguns fatos de suas vidas. Daniela Thauana relata como, ao passar do tempo, os meninos ficaram mais focados e comprometidos.

“Há histórias de vida incríveis. A grande maioria é de família com uma situação financeira difícil. Para alguns, não falta apenas o arroz, feijão e carne. Faltam pai, mãe, carinho e compreensão. São meninos que sempre intercedem pelos seus familiares, amigos (facilmente perceptível pelos pedidos de oração que fazem). Eles melhoraram muito o comportamento (diminuíram as brigas, palavrões, desobediência e mentiras)”, narra.

Valores

O futebol é o “chama”, o elemento catalisador, e o grupo de jovens da PIB de Novo Horizonte pretende, de fato, contribuir para aprimorar o estilo de vida dos meninos. “Estamos trabalhando com eles para que continuem melhorando no comportamento e se tornem homens que saibam respeitar, sejam solidários, conscientes de seus papéis e que possam modificar as suas histórias, construindo a família que desejam”, pondera Thauana.

Como têm formação religiosa, os jovens passam os mesmos valores para as crianças e adolescentes, para que “descubram o amor e propósito de Deus para a vida deles. Oferecemos uma “historia” geralmente com viés bíblico, com princípios e valores morais. Depois, passamos para o futebol, em seguida um lanche, como cachorro quente, por exemplo”.

Segundo Thauana, o financiamento das atividades vem de contribuição dos membros da igreja, e mais recentemente de patrocínios para aquisição de kits de uniformes que serão entregues daqui a 15 dias. “O Cyber PontoCom, a Escola Espaço da Criança e a Multiclean Soluções e Tratamentos Ambientais estão custeando os uniformes”, revela.

Depois de meia década de JPEG de Futebol, algumas crianças cresceram e saíram da faixa etária dos beneficiários. Como algumas delas não queriam deixar o grupo, acabaram sendo promovidos a monitores e hoje contribuem com os jovens da organização. “Nosso objetivo é treiná-los para nos ajudar e, quem sabe, futuramente coordenarem o próprio projeto”, destaca Thauana.

Um chegando, outro saindo

Anderson Souza, 15 anos, é goleiro no JPEG e, embora esteja há três anos no projeto, diz que teme ter de sair ano que vem, quando completar 16. “Estou aqui direto, no domingo, e minha irmã no sábado. As palestras que eles fazem são muito boas e o futebol é organizado. Quero continuar por aqui”, garante.

Ian Pablo Aguiar da Silva, de 11 anos, ainda não tem a rodagem de Anderson no Projeto. Ele foi matriculado no último domingo, participou da palestra, jogou futebol e lanchou com os colegas do bairro Jardim União. “Eu fui convidado por outro amigo, gostei muito e agora não quero sair”, disse sorrindo, ainda encantado com a novidade. (Divulgação)