Correio de Carajás

Hemopa convoca população para cadastro de medula óssea

Desde 2003, o Hemopa não recebe apenas doações de sangue, o órgão é responsável também por realizar o cadastro de possíveis doadores de medula óssea, que podem se tornar efetivamente doadores, caso o Instituto Nacional de Câncer – INCA, órgão responsável pelo cruzamento entre os bancos de dados do Redome e do Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (Rereme), identifique que há compatibilidade entre os doadores e os pacientes.

Lidiane Mendonça/ Foto: Alex Ribeiro – Ag. Pará

“Fazer parte do registro de medula óssea é um gesto simples que pode dar uma nova vida para outra pessoa. É insignificante a quantidade de sangue que coletam para o cadastro, mas caso a gente seja compatível, podemos nos tornar doadores e salvar vidas, o que tem um significado enorme pra mim”, afirma a educadora física, Lidiane Mendonça, cadastrada desde 2017 no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).

Os receptores podem ser brasileiros ou estrangeiros, que necessitam de transplante por conta de leucemias originárias das células da medula óssea, linfomas, doenças originadas do sistema imune em geral, dos gânglios, baço e anemias graves (adquiridas ou congênitas). O transplante de medula óssea pode ser indicado para o tratamento de um conjunto de cerca de 80 doenças. É importante ressaltar que, caso um paraense cadastrado seja compatível com algum paciente do Brasil ou do mundo, todos os custos com deslocamento e hospedagem do doador e de seu acompanhante serão de responsabilidade do SUS.

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Foto: Alex Ribeiro – Ag. Pará

A gerente de captação do Hemopa, Juciara Farias, explica que ao se cadastrar, o voluntário não se torna efetivamente um doador. “Em um primeiro momento, ao se registrar, o voluntário doa a sua intenção e disponibilidade para se tornar um doador de medula óssea. A doação só se concretizará caso o INCA identifique a compatibilidade com algum paciente”, alerta Juciara.

O Estado do Pará conta, em média, com 130 mil doadores cadastrados. Ao todo, no Brasil, são 4,5 milhões de voluntários. A probabilidade de um doador ser compatível com os seus familiares é de 30%, entretanto, em relação à compatibilidade com qualquer outra pessoa, as chances são menores. No Brasil, é de 1 em 100 mil a chance de encontrar um doador compatível.

“Quanto mais voluntários estiverem cadastrados, conseguiremos formar um banco de possíveis doadores cada vez maior e aumentamos a possibilidade de encontrar doadores compatíveis”, garante a gerente de captação do Hemopa. “São necessários apenas 5 ml de sangue para que a pessoa faça parte do registro de medula óssea, que podem ser coletados no momento da doação de sangue ou mesmo para quem não vai realizar a doação de sangue naquele momento”, informa.  

Alessandro Pitanga/ Foto: Alex Ribeiro – Ag. Pará

O empresário e voluntário, Alessandro Pitanga, ressalta que “a doação de sangue e o cadastro de medula são gestos simples que podem salvar vidas. Não custa se organizar e tirar um tempinho da nossa rotina para fazer o bem”.

“Quem é cadastrado fica na expectativa de que sempre pode aparecer alguém compatível. Seria muito gratificante poder ajudar além do registro, ser efetivamente uma doadora”, destaca Lidiane. Para aumentar as chances de localização de um doador compatível, é imprescindível manter o cadastro no Redome atualizado ou pelo telefone (21) 25055-5656.

Como se cadastrar

Basta comparecer a uma das unidades da Fundação Hemopa e portar documento oficial de identidade original com foto. A pessoa deve ter entre 18 e 55 anos, estar em bom estado geral de saúde e não ter nenhuma doença infecciosa ou incapacitante. Para mais informações, ligue ou acesse o site do Hemopa: (91) 3110-6500/ 0800-2808118. E-mail: captação@hemopa.pa.gov.br.