Correio de Carajás

Helicóptero que caiu em Capitólio é retirado da água após um dia

Os bombeiros também contaram com o apoio de embarcação civil para levar o helicóptero até uma rampa, na Marina Escarpas. Aeronave caiu com quatro pessoas a bordo no Lago de Furnas, na manhã de terça-feira (2).

Trabalhos de remoção da aeronave que caiu no Lago de Furnas, em Capitólio — Foto: Roberto Eleotério/Tv Integração

O helicóptero que caiu no Lago de Furnas, em Capitólio, foi retirado da água na tarde desta quarta-feira (3). Nos arredores da queda, os bombeiros também encontraram o rotor de cauda da aeronave, que havia se desprendido no momento da queda.

Em nota divulgada pela assessoria, o Corpo de Bombeiros informou que foi finalizada a “reflutuação e reboque da aeronave até a rampa da Marina Escarpas. Aguardamos o veículo para remoção da mesma”.

O local onde a aeronave caiu foi isolado para os trabalhos de remoção. Ainda segundo os bombeiros, os trabalhos ocorreram de “forma técnica, sem nenhum incidente de mergulho”. Os militares também contaram com o apoio de embarcação civil para levar o helicóptero até a rampa.

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Rotor de cauda de helicóptero que caiu em Capitólio — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação
Rotor de cauda de helicóptero que caiu em Capitólio — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

O acidente

A Polícia Civil, através da 19ª Delegacia de Piumhi, informou que a aeronave decolou de um heliponto existente no Balneário Escarpas do Lago, em Capitólio. A queda ocorreu logo após a decolagem, nas proximidades de Marinas Portobello.

Corpo encontrado

 

O homem que morreu foi identificado como Vanilton Alves Balieiro, de 44 anos. Ele residia em Capitólio e, segundo a Polícia Civil, foi convidado pelo piloto da aeronave para o voo.

Após buscas na água, o corpo dele foi encontrado e levado para o Posto Médico-Legal, em Passos.

De acordo com a funerária Santa Rita, o sepultamento foi marcado para 13h desta quarta-feira (3) no Cemitério Municipal de Capitólio.

Vanilton Alves Balieiro, que morreu após helicóptero cair em Capitólio — Foto: Reprodução/Redes sociais
Vanilton Alves Balieiro, que morreu após helicóptero cair em Capitólio — Foto: Reprodução/Redes sociais

Feridos são transferidos

 

As três pessoas que ficaram feridas foram a passageira Julia Mendonça Silva Bernardes, de 22 anos, e o piloto Lucas Chaves Ávila, de 26 anos. Eles foram levados para a Santa Casa de Piumhi.

Julia Mendonça, posteriormente, foi transferida para Bom Despacho e já teve alta. Lucas Chaves foi transferido para a Santa Casa de Passos, onde permanece internado na UTI. A divulgação de detalhes sobre o estado de saúde dele não foi autorizada por familiares.

Já o passageiro Leonardo Resende Silva Vitorino, de 28 anos, foi levado para a Santa Casa de Passos. Posteriormente, segundo a assessoria da unidade de saúde, ele foi transferido para outra instituição em Belo Horizonte, cujo nome não foi informado. A divulgação de detalhes adicionais sobre o estado de saúde dele não foi autorizada pela família.

O delegado Fábio Alexandre Csiszer informou que os passageiros Julia Mendonça e Leonardo Resende tinham como destino Piumhi. De lá, iriam pegar outro voo para Bom Despacho, onde residem.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, Julia Mendonça e Leonardo Resende foram convidados do proprietário da aeronave. Inicialmente, o Corpo de Bombeiros divulgou que a “aeronave foi fretada para este passeio e teria outras programações agendadas na sequência (não informado se seriam também na região)”.

A aeronave

 

Conforme dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o helicóptero de matrícula PP-MMA, modelo EC 120 B, foi fabricado em 2009. A situação de aeronavegabilidade consta como normal e o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) é válido até 19 de outubro de 2024.

A aeronave, que pertence a “Âncora MG Participações Societárias LTDA”, pode transportar até quatro pessoas e peso máximo de decolagem de 1.715 kg. A reportagem não conseguiu contato com a empresa.

Ainda conforme os dados da ANAC, consta operação negada para táxi aéreo, o que, de acordo com a assessoria do órgão, significa que a aeronave não tem autorização específica para realizar operações da natureza táxi aéreo, não que haja alguma irregularidade no registro em si.

Queda de helicóptero no Lago de Furnas, em Capitólio  — Foto: Reprodução
Queda de helicóptero no Lago de Furnas, em Capitólio — Foto: Reprodução

A investigação

 

Na terça-feira (2), em nota, a Força Aérea Brasileira (FAB) informou que investigadores do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA III), localizado no Rio de Janeiro, órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), foram acionados para realizar a Ação Inicial da ocorrência envolvendo a aeronave de matrícula PP-MMA em Capitólio (MG).

“Na Ação Inicial são utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado, que realiza a coleta e confirmação de dados, a preservação de indícios, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias ao processo de investigação”, diz a nota.

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que deslocou equipe de policiais civis e a perícia oficial ao local a fim de realizar os primeiros levantamentos. Um inquérito foi instaurado para apurar as causas e circunstâncias do acidente.

Bombeiros em Capitólio — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação
Bombeiros em Capitólio — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

(Fonte:G1)