Correio de Carajás

Guiné Equatorial confirma surto de vírus Marburg, primo do ebola; entenda

Segundo a Organização Mundial da Saúde, doença tem uma taxa de mortalidade de até 88%. Não há vacina nem tratamento aprovado contra o vírus.

Imagem de detalhe do vírus de Marburg — Foto: Arquivo/Dr. Fredrick Murphy/Sylvia Whitfield/CDC

Detectado inicialmente em 1967 na Alemanha, o vírus de Marburg é primo do ebola e transmitido por morcegos. Apesar de raro, o vírus é altamente infeccioso e tem uma taxa de letalidade altíssima, de até 88%. Ainda não há vacina ou medicamento específico para o seu tratamento.

Nesta semana, a Guiné Equatorial confirmou o primeiro surto do vírus. Testes preliminares realizados após a morte de pelo menos nove pessoas na província de Kie Ntem, no leste do país, deram positivo em uma das amostras para a febre hemorrágica viral.

No mesmo dia da confirmação, o governo de Camarões detectou dois casos suspeitos do vírus em uma região da fronteira com a Guiné Equatorial. Por conta dos casos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que aumentou sua vigilância epidemiológica na Guiné Equatorial.

Leia mais:

1. O que é o vírus de Marburg?

 

O vírus de Marburg pertence à mesma família do ebola. Apesar de rara, a doença é altamente infecciosa e tem uma taxa de mortalidade de até 88%.

O primeiro surto do vírus foi detectado na cidade de Marburg, na Alemanha, em 1967. Das 32 pessoas infectadas nas antigas Alemanha Ocidental e Iugoslávia, sete morreram.

2. Como ele é transmitido?

 

Ele é transmitido aos humanos por morcegos e se espalha através do contato direto com os fluidos corporais de pessoas, superfícies e materiais infectados.

3. Quais os sintomas?

 

A doença é grave e muitas vezes fatal. De acordo com a OMS, tem um período de incubação de 2 a 21 dias. O diagnóstico não é fácil, porque muitos dos sintomas são semelhantes a outras doenças infecciosas ou febres hemorrágicas virais. Entre os sintomas estão:

  • Febre;
  • Dor de cabeça;
  • Dores musculares;
  • Fadiga;
  • Vômito com sangue;
  • Diarreia.

 

4. Existe vacina?

 

Não há vacinas ou tratamentos antivirais aprovados para tratar o vírus. No entanto, a OMS diz que beber muita água e tratar sintomas específicos da doença melhora as chances de sobrevivência do paciente.

A organização diz que estão sendo estudados tratamentos potenciais, como terapias imunológicas, medicamentosas e vacinas.

5. Outros surtos

 

Na África, surtos anteriores e casos esporádicos foram notificados em Gana, Angola, República Democrática do Congo, Quênia, África do Sul e Uganda, diz a OMS.

O vírus matou mais de 200 pessoas em Angola em 2005, o surto mais mortal já registrado, segundo a organização.

(Fonte:G1)