Correio de Carajás

Guga diz que alertou Águia antes da estreia

Sebastião Ferreira, presidente do Azulão de Marabá, disse que o posicionamento do clube será apenas nos "autos do processo".

Guga alega que pediu três vezes para a secretária do Águia verificar se ele poderia jogar

Suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) na última sexta-feira, o imbróglio da paralisação Campeonato Paraense segue ganhando mais capítulos. Dessa vez, o Guga, um dos jogadores que não cumpriram suspensão na última edição do Parazão, contou sua versão da história.

O atacante gravou um vídeo para “retrucar” algumas pessoas que o estavam culpando pela suspensão do Parazão. De acordo com Guga, ele pediu ao clube de Marabá, mais de uma vez, para verificar se ele teria que cumprir a suspensão.

– A iniciativa de querer saber se eu teria mais um jogo a cumprir partiu de mim. Quando fechei com o clube, em 2022, avisei para a secretaria do clube, avisei a secretária Luciana, para verificar se eu teria mais um jogo para cumprir. A resposta que eu tive é que eu estaria apto para jogo. Dias antes da partida, eu comuniquei, mais uma vez. Não foi só um comunicado, foram duas vezes ou três que eu pedi para ela verificar. A resposta que eu tive é que eu poderia jogar.

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A reportagem entrou em contato com Sebastião Ferreira, presidente do Águia de Marabá, que informou que o posicionamento do clube será apenas nos “autos do processo”.

Na última sexta-feira, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD) determinou adiamento do início do Campeonato Paraense 2023. A medida foi tomada para que haja o julgamento das denúncias de infração por escalação irregular apresentadas pelo Paragominas ainda no primeiro semestre de 2022.

Entenda o caso

Guga e Hatos foram denunciados pelo Paragominas por estarem atuando de maneira irregular no Campeonato Paraense 2022. Na época, o TJD-PA até suspendeu a disputa das quartas de final. O recurso do Paragominas foi feito em março do ano passado e até agora não teve um ponto final.

Guga foi expulso no jogo de ida das quartas de final do Parazão 2021, atuando pelo Itupiranga. Na ocasião, o jogador cumpriu suspensão no jogo de volta e, após a eliminação do clube, o atacante foi julgado pelo TJD-PA e pegou dois jogos de gancho.

Como já havia cumprido um, deveria cumprir o outro na próxima competição promovida pela FPF. O Águia contratou Guga e solicitou uma consulta à Federação sobre possíveis irregularidades.

O Itupiranga chegou a ser acusado de não ter informado os atletas sobre o julgamento após o estadual de 2021. Porém, o presidente Izaias Alves enviou um ofício ao TJD-PA se defendendo e alegando que viu respaldo da FPF no caso.

Bragantino se defende – A diretoria do Bragantino-PA se manifestou na época após denúncia de irregularidade na escalação do meia Hatos, feita pelo Paragominas junto ao Tribunal de Justiça Desportiva do Pará (TJD-PA), que decidiu por paralisar o Campeonato Paraense até o julgamento do caso.

Em ofício divulgado, o Braga comprova que solicitou ao TJD-PA, no dia 14 de janeiro de 2022, a consulta de possíveis irregularidades de 22 atletas contratados para o estadual. O órgão respondeu apenas no dia 3 de março, segundo outro documento disponibilizado pelo clube de Bragança.

– O Bragantino está documentado. Temos o oficio que enviamos, através de e-mail, à Federação Paraense de Futebol, no dia 14 de janeiro de 2022. Foi solicitado o encaminhamento para o TJD e foi enviado pela FPF. Fomos o quarto clube a enviar. Tomamos nossas providências. A secretária do TJD pegou Covid-19 e ficou 15 dias de licença médica, fazendo tratamento. Até o dia 3 de fevereiro, quando o campeonato já estava rolando, não tínhamos recebido resposta do TJD. Fui até lá, solicitei a resposta ao ofício e eles nos notificaram através de e-mail, dizendo que o atleta Hatos tinha punição. Tomamos ciência e afastamos o atleta dos jogos oficiais – presidente do conselho deliberativo do Bragantino, Cláudio Wagner.

Responsabilidade – De acordo com Ricardo Gluck Paul, presidente da Federação Paraense de Futebol (FPF), os clubes são responsáveis pela inscrição de atletas. Ele afirma que o papel da Federação é apenas de fazer o registro da inscrição, mas a equipe escala quem ele quiser. “Se houver irregularidade, ele vai sofrer as devidas sanções”. (Fonte:G1)