Após nove meses tentando negociar com a gestão de Parauapebas, servidores de empresas terceirizadas que prestam serviço para a Prefeitura paralisaram suas atividades e bloquearam a parte da rotatória que dá acesso ao prédio da prefeitura, no Bairro Beira Rio, na manhã desta segunda-feira (6).
A greve iniciou às 6 horas da manhã e, segundo a categoria – composta por controladores de acesso (vigias), merendeiras, motoristas, serviços gerais e demais funções – necessitam de melhorias de salário, reajuste do vale alimentação e plano de saúde, que não existe, será por tempo indeterminado.
Buscando chamar a atenção do prefeito Darci Lermen, os servidores das empresas CSG Serviços, Recicle Serviços de Limpeza, KAPA Capital e LG Serviços de Limpeza bloquearam com carros e motos as entradas da rotatória que dão acesso à Avenida da Prefeitura. Eles explicam que a atitude de paralisar as atividades é objetivando que a súplica da classe seja, no mínimo, ouvida.
Leia mais:O servidor Paulo Soares da Silva Filho falou ao CORREIO que a greve advém de um longo período tentando, sem sucesso, dialogar com a gestão sobre o descaso com suas remunerações: “A comissão das terceirizadas e dos vereadores tem batalhado muito para que sejamos respeitados com um salário digno, e só voltaremos aos exercícios das funções depois que obtivermos êxito”, reforça.
Maria Aparecida, representante da comissão, elucida que uma merendeira recebe R$ 800,000 e um controlador de acesso R$ 1200,00, o que não acompanha as grandes inflações que chegam ao bolso do trabalhador. Além disso, o vale alimentação configura apenas um ticket que é fornecido somente em dias úteis.
“Estamos lutando pelo básico, que é o plano de saúde porque os trabalhadores estão adoecendo. Há relatos de merendeiras que estão internadas em Belém precisando de ajuda. Essas empresas estão maltratando os servidores”, conta Maria Aparecida. (Thays Araujo e Clein Ferreira)