O Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão, será liberado de forma parcial a partir do próximo domingo (27), para a realização dos jogos do Parazão 2019. A informação foi confirmada pelo Governo do Estado durante coletiva na manhã deste sábado (19). Na ocasião, também foi divulgado o resultado do laudo sobre o desabamento de parte da cobertura do estádio. O incidente ocorreu no último dia 9, quando uma placa de cerca de 50 centímetros desabou do teto, no lado A do estádio.
Na tarde da última sexta, o governador Helder Barbalho reuniu com a Federação Paraense de Futebol e os representantes dos órgãos de segurança pública no gabinete do governo e garantiu a reabertura do estádio, que logo voltará a sediar campeonatos de todas as modalidades.
Neste sábado, a decisão foi divulgada oficialmente à Imprensa, juntamente com o resultado do laudo. A coletiva contou com a presença do comandante geral do Corpo de Bombeiros, coronel Hayman Souza, do Secretário de Estado de Desenvolvimento e Obras Públicas, Ruy Cabral, do Secretário de Estado de Esporte e Lazer, Arlindo Silva, do engenheiro Paulo Brígida e representantes do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar do Estado, Federação Paraense de Futebol, além dos presidentes de Remo e Paysandu.
Leia mais:Resultado – O laudo foi elaborado pelo professor Paulo Brígida, responsável pelo parecer da estrutura abalada com o incidente do último dia 9. Corrosões e infiltrações foram os principais pontos críticos apontados pelo especialista no documento.
A infiltração é fruto da corrosão nas ferragens, que ficam expostas por conta do desenho arquitetônico da cobertura do estádio e vêm sofrendo com a ação das chuvas e da própria urina dos torcedores. Esses dois fatores resultaram no desprendimento dessa placa.
“É público e notório que o Mangueirão vem sendo fruto do descaso há muito tempo. Não tomaram as medidas preventivas e fatalmente aconteceu esse problema. Mas a partir do dia 27, conforme cronograma desenhado pelo governador do Estado, Helder Barbalho, o lado B do Mangueirão estará liberado. A partir daí, trabalharemos no lado A para que, até o dia 10, o Mangueirão seja liberado em sua carga total, que é de 35 mil torcedores. Não há necessidade de intervenção total do estádio, trabalharemos por etapas”, explicou o Secretário de Estado de Desenvolvimento e Obras Públicas, Ruy Cabral.
“Eu quero tranquilizar todos os nossos torcedores, garantindo que no dia 27 o Mangueirão já vai estar com as portas abertas, trazendo a segurança necessária para a torcida e funcionários do estádio. O próprio governador esteve aqui e mostrou para a Imprensa como estava o espaço, mas estamos tomando todas as providências para recuperá-lo”, ressaltou o Secretário de Estado de Esporte e Lazer, Arlindo Silva.
Trabalho integrado – Os bombeiros têm feito vistorias frequentes no estádio, mesmo durante o período de obras. O governo está tomando as providências cabíveis necessárias à reformulação e repaginação da estrutura, além de garantir a segurança do Mangueirão, assim como a dos torcedores.
A partir da liberação parcial do estádio, entra em cena também a participação efetiva da Polícia Militar. “Dentro do Estatuto do Torcedor, o que cabe à Polícia Militar é realizar o último laudo, que é o da segurança. Dentro desse laudo, existem vários aspectos, como a acessibilidade e o deslocamento de torcedores”, pontuou o coronel Mário Antônio, comandante do Policiamento Especializado.
Estreia azulina – Ficou definido que a estreia do Remo, que tem seu mando de campo no Mangueirão, já que seu estádio está interditado, será no dia 26 de janeiro. A disputa será contra o São Raimundo, no Colosso de Tapajós, em Santarém. O clube aguarda a confirmação de uma data para a partida contra o Tapajós, em Belém. Este jogo pode ser no dia 2 ou 3 de fevereiro, mas com capacidade do Mangueirão reduzida.
“Estamos calculando que a capacidade do estádio, nesse primeiro momento, fique entre 20 e 22 mil pessoas. Mas isso só será definido dependendo da liberação das duas rampas, que são áreas de evacuação do estádio. Se não houver liberação das rampas, vamos ter que reduzir ainda mais a capacidade. Um pouco antes da liberação do estádio, no dia 27, faremos a vistoria e o cálculo dessa liberação”, destacou o comandante geral do Corpo de Bombeiros, coronel Hayman Souza.
Mesmo com o Mangueirão sendo liberado para o dia 27, a direção do Remo e a Federação Paraense de Futebol acharam melhor manter a data de estreia azulina no Parazão para o dia 26, em Santarém, por questões de logística.
O presidente do Remo, Fabio Bentes, ressaltou a preocupação do governo com a segurança. “É importante que se diga que todos os órgãos envolvidos sempre estiveram empenhados em priorizar a segurança. Agora é planejar as outras questões para que a gente possa estrear em Belém”, disse.
O empenho do Governo do Estado de garantir o Mangueirão em tempo hábil para a disputa do Parazão 2019 também foi destacado pelo presidente do Paysandu. “Queria parabenizar o governo por ter tratado do problema verificado com o senso de urgência necessário. Se a gente não tivesse o Mangueirão, seria uma tragédia financeira para todos os clubes”, lembra o presidente bicolor, Ricardo Gluck Paul.
“A gente quer agradecer ao governo do Estado por todo esse empenho, que fez um esforço com todos os seus órgãos de segurança, para colocarmos o estádio em condições seguras para o dia 27”, concluiu o presidente da Federação Paraense de Futebol, Adelson Torres.