Correio de Carajás

Governo define cidades que vão receber vacinas da dengue

Vão receber a vacina pessoas de 10 a 14 anos em cidades com mais de 100 mil habitantes e com alto volume de casos de dengue tipo 2. Além das cidades, os municípios vizinhos também vão receber o imunizante.

Vacinas Qdenga (nova) e Dengavaxia que são as autorizadas pela Anvisa para aplicação no Brasil — Foto: Vanessa Camilo/Inter TV Cabugi

O Ministério da Saúde vai distribuir as primeiras doses de vacina contra a dengue para mais de 500 cidades em 16 estados.

Segundo o governo, por causa da baixa capacidade produtiva do imunizante, o país vai conseguir vacinar cerca de 3 milhões de pessoas em 2024 e foram incluídos na prioridade crianças e adolescentes .

  • Acre – 11 cidades
  • Amazonas – 12 cidades
  • Bahia – 115 cidades
  • Distrito Federal
  • Espírito Santo – 20 cidades
  • Goiás – 134 cidades
  • Maranhão – 5 cidades
  • Minas Gerais – 22 cidades
  • Mato Grosso do Sul – 79 cidades
  • Paraíba – 14 cidades
  • Paraná – 30 cidades
  • Rio de Janeiro – 14 cidades
  • Rio Grande do Norte – 19 cidades
  • Roraima – 10 cidades
  • Santa Catarina – 13 cidades
  • São Paulo – 11 cidades
  • Tocantins – 14 cidades

 

Leia mais:

O Brasil é o primeiro país no mundo a oferecer o imunizante na rede pública, mas enfrenta o desafio da baixa quantidade de doses. O Ministério da Saúde vai receber pouco mais de 6 milhões de doses — 5,2 milhões foram compradas da Takeda e 1,3 foram doadas pelo laboratório.

No entanto, o público vacinado contra a doença vai ser menor, já que são necessárias duas aplicações para a imunização completa. O volume é por limitação na capacidade de produção.

Com isso, o governo teve de definir critérios de priorização:

  • O Ministério da Saúde definiu como prioridade a vacinação de pessoas de 10 a 14 anos porque estão entre o maior número de pessoas internadas pela doença.
  • Foram incluídos os municípios de grande porte — que são aqueles com mais de 100 mil habitantes — e com classificação de alta transmissão de dengue do tipo 2. Além disso, as cidades próximas a esses locais também foram incluídas no que o governo chama de “regiões de saúde”.

 

Com isso, vão receber a vacina 521 cidades contempladas que incluem 16 estados e o Distrito Federal.

Abaixo, veja as respostas para as principais dúvidas sobre a chegada do novo imunizante.

O que é a Qdenga e como ela age?

 

A Qdenga (TAK-003) é um imunizante contra a dengue desenvolvido pelo laboratório japonês Takeda Pharma. O registro do imunizante foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março deste ano.

A vacina contém vírus vivos atenuados da dengue. Por isso, ela induz respostas imunológicas contra os quatro sorotipos do vírus da dengue.

A Qdenga vai ser aplicada de graça?

 

Desde a aprovação pela Anvisa em março, clínicas particulares passaram a disponibilizar a vacina Qdenga para seus consumidores.

Agora, o imunizante do laboratório Takeda Pharma passa a integrar também o Programa Nacional de Imunizações (PNI), que reúne as vacinas aplicadas gratuitamente pelo SUS.

Quando a Qdenga começa a ser aplicada?

 

A vacinação com a Qdenga está prevista para começar em fevereiro, mas não será em larga escala. Segundo o Ministério da Saúde, o SUS oferecerá 6,2 milhões de doses ao longo de 2024.

Como o imunizante é aplicado em um esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações, cerca 3,1 milhões de pessoas poderão ser imunizadas no próximo ano.

Essas doses serão destinadas a “público e regiões prioritárias”, segundo a pasta, mas não deu outros detalhes.

As aplicações serão distribuídas ao longo do ano, de acordo com o calendário de entrega das doses pela fabricante, que deve ser a seguinte: 460 mil doses em fevereiro, 470 mil em março, 1.650 milhão em maio e agosto, 431 mil em setembro, e 421 mil em novembro.

A Qdenga tem efeitos colaterais?

 

Os estudos clínicos mostraram que pode haver reações, geralmente, dentro de dois dias após a injeção. As reações registradas foram de gravidade leve a moderada e duraram 1 a 3 dias.

🚨 Atenção: essas reações NÃO tornam o imunizante contraindicado se aplicado no público correto.

Foram relatadas com maior frequência:

  • dor no local da injeção (50%);
  • dor de cabeça (35%);
  • dor muscular (31%);
  • vermelhidão no local de injeção (27%);
  • mal-estar (24%);
  • fraqueza (20%); e
  • febre (11%).

 

As reações são menos frequentes após a segunda dose da Qdenga.

Quais as principais diferenças entre a Qdenga e a Dengvaxia?

Dengvaxia foi a primeira — e, até este ano, única — vacina contra a dengue aprovada pela Anvisa a ficar disponível no Brasil.

Ela é fabricada pelo laboratório francês Sanofi Pasteur e é vendida na rede privada na maior parte do Brasil. Esse imunizante não está disponível no Programa Nacional de Imunizações, o PNI.

Se comparadas, a Dengvaxia e a Qdenga possuem três principais diferenças:

  • Público-alvo: a Dengvaxia é recomendada somente para quem já foi infectado com o vírus da dengue. Já a Qdenga pode ser aplicada em quem nunca teve a doença.
  • Faixa etária: a Qdenga é recomendada para pessoas dos 4 aos 60 anos, enquanto a vacina francesa é indicada para pessoas dos 9 aos 45 anos.
  • Número de doses: a vacina francesa é aplicada em três doses, distribuídas em intervalos de seis meses, enquanto a japonesa é composta por duas doses, aplicadas com intervalos de três meses.

 

Já quanto ao modo de agir e aos possíveis efeitos após a aplicação, as vacinas são muito semelhantes.

lista completa pode ser acessada aqui.

(Fonte:G1)