Correio de Carajás

Governo decide encerrar programa de escolas cívico-militares

Decisão foi tomada em conjunto pelos ministérios da Educação e da Defesa. Programa era uma das prioridades do governo na gestão Bolsonaro.

Escola Municipal Cívico-Militar Maria José de Miranda Burity, em Cabedelo — Foto: Secretaria de Educação de Cabedelo/Divulgação

O governo federal decidiu encerrar o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares. A decisão foi informada aos secretários de Educação de todo o País por meio de um ofício, obtido pelo g1.

  • Contexto: criado em 2019, o programa de escolas cívico-militares estipulava transformação de escolas públicas para o modelo cívico-militar. O formato propunha uma divisão das gestões administrativa e pedagógica das escolas, na qual a parte pedagógica continuava nas mãos de educadores civis, mas a gestão administrativa passava para os militares.

 

A decisão conjunta do Ministério da Educação e do Ministério da Defesa dá fim ao que era uma das prioridades do governo na gestão Bolsonaro.

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De acordo com o documento, haverá:

  • desmobilização do pessoal das Forças Armadas dos colégios;
  • adoção gradual de medidas que possibilitem o encerramento do ano letivo dentro da normalidade.

O programa

 

Criado em setembro de 2019 por meio de um decreto, o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares começou a ser posto em prática no ano seguinte. Foi proposto com o objetivo de diminuir a evasão escolar e inibir casos de violência escolar a partir da disciplina militar.

O PECIM estabelecia uma cooperação entre MEC e Ministério da Defesa para dar apoio às escolas que optassem pelo novo modelo, bem como na preparação das equipes civis e militares que atuariam nessas instituições.

O programa descrevia que a parte pedagógica da escola permaneceria com os educadores civis, mas a gestão administrativa da instituição seria feita por militares.

  • Dentro da sala de aula, as escolas têm autonomia no projeto pedagógico. As aulas são dadas pelos professores da rede pública, que são servidores civis.
  • Fora da sala de aula, militares da reserva atuam como monitores, disciplinando o comportamento dos alunos. Eles não têm permissão para interferir no que é trabalhado em aula ou ministrar materiais próprios.

(Fonte:G1)