O governador do Estado e a primeira dama, Helder e Daniela Barbalho, consideraram inadequada e grave a situação estrutural e de atendimento do Hospital Ophir Loyola, durante visita na manhã desta terça-feira (12). A unidade de saúde é um centro de alta complexidade em oncologia no Pará e referência em neurocirurgia, nefrologia e transplantes.
O hospital realiza diariamente uma média de 3.500 atendimentos e de 325 internações mensais. Segundo Helder, que fez questão de estar presente para observar, ouvir e saber da realidade dos serviços de saúde para aqueles que necessitam do tratamento de combate ao câncer junto com seus familiares, a situação é dramática e inaceitável.
“Como podem pessoas serem tratadas dessa forma tão desumana, em um momento tão difícil de suas vidas? Já orientei a equipe da Sespa e do Ophir Loyola que me apresentem soluções, o mais rápido possível, que possam viabilizar uma nova forma de atendimento”, disse o governador.
Leia mais:Na ocasião, Helder Barbalho e a primeira dama, além de representantes da equipe de governo, visitaram as áreas mais vulneráveis, como a cozinha do hospital, que está deteriorada e com estrutura inadequada há mais de 10 anos. A última grande reforma no local ocorreu em 1996, e apenas pequenos reparos foram realizados nos últimos anos. Além disso, não há uma câmara frigorífica para a melhor conservação e preparo dos alimentos.
Outro ponto crítico do hospital é a Clínica de Cuidados Paliativos Oncológicos II (CCPOO), onde estão internados pacientes em estágios muito avançados de câncer. No local funcionava uma Unidade de Atendimento Imediato (UAI) para atender as intercorrências dos pacientes oncológicos, mas devido à falta de leitos para atender à demanda de internação, o espaço foi transformado, na gestão passada, em mais uma clínica de cuidados paliativos, que possui 19 leitos separados por cortinas, onde homens e mulheres dividem o mesmo espaço.
O governador e a comitiva conheceram também a Unidade de Atendimento Imediato em que são realizados os atendimentos de urgência e emergência oncológica. Neste local, o paciente que apresentar qualquer intercorrência ou mal-estar em sua casa pode receber medicações e atenção médica enquanto aguarda sua programação de internação efetiva. Mas este setor também está em péssimas condições.
Para o secretário de Saúde do Estado (Sespa), Alberto Beltrame, o Hospital Ophir Loyola já foi uma grande referência nacional no tratamento de câncer. “Aqui era um lugar onde os paraenses tinham como certo e seguro para fazer seu tratamento. O que hoje encontramos é um hospital abandonado, muito precário, com várias instalações em péssimo estado, a começar pela cozinha, passando pela área de urgência e emergência, ambulatório, até as áreas de internações. É urgente fazer uma melhoria, para que o Ophir Loyola retome seu posto de grande referência no país no combate ao câncer”, destacou.
Esperança – A paciente Andreia Nascimento, 44 anos, que luta contra um câncer, ao ver o governador falou da esperança que deposita em Helder para resolver algumas questões essenciais no hospital. “Eu espero que o governador resolva o problema de falta de quimioterápicos, olhe com carinho para a Unidade de Atendimento Imediato, que precisa ser completamente reformada. Peço ainda que providencie a estrutura necessária para instalação do PET-CT (equipamento para realização de exames de imagem), que chegou no hospital desde outubro e ainda não foi instalado. Um exame desses custa em torno de quatro mil reais”, disse.
O diretor geral do Ophir Loyola, José Roberto Lobato, ressaltou a importância da visita do governador e citou os principais pontos que precisam mudar no prédio. “O hospital precisa rever alguns departamentos, como a CCCPO e a UAI, mas é urgente fortalecer o Centro Cirúrgico, que não está operando com sua total capacidade. Vindo aqui, o governador pode ver de perto o quanto o hospital precisa de melhorias”, finalizou o diretor.
Estiveram presentes também na visita o secretário de Saúde Pública do Estado (Sespa), Alberto Beltrame; o diretor geral do Hospital Ophir Loyola, José Roberto Lobato; o deputado estadual e presidente da comissão de saúde da Alepa, Jaques Neves; e os deputados estaduais Fábio Freitas e Vanderlan Quaresma; além dos diretores da Sespa e do Hospital Ophir Loyola. (Agência Pará)