Correio de Carajás

Gincana ecológica envolve 200 alunos do EJA e incentiva a preservação

Fotos: Emilly Coelho

Com vistas na COP-30 e na responsabilidade socioambiental aconteceu na noite desta quarta-feira (28), a 1ª Gincana Integrada EJA/CEEJA: “COP 30: Preservando o meio ambiente para um futuro melhor”, nas dependências da EMEF “Pedro Peres Fontenelle”, escola localizada em Morada Nova. A atividade reuniu escolas e anexos das instituições de ensino dos colégios Pedro Peres Fontenelle, São Félix e Walquise Viana da Silveira. Os alunos foram divididos em três equipes: Azul, Vermelho e Branco. A gincana teve como intuito despertar o interesse dos alunos da EJA/CEEJA para questões ambientais, incentivando o aprendizado de forma dinâmica e colaborativa, por meio de atividades lúdicas, debates, desafios ecológicos e ações sustentáveis. Na ocasião, os participantes tiveram a oportunidade de compreender melhor os impactos das mudanças climáticas e refletir sobre práticas sustentáveis que podem ser aplicadas no dia a dia.

       Além disso, a gincana promoveu o espírito de equipe, o senso de responsabilidade socioambiental e o protagonismo dos alunos, reforçando a ideia de que pequenas ações individuais podem gerar grandes transformações coletivas. Antes da culminância, a gincana obedeceu a um cronograma com atividades externas, incluindo à visitação ao Parque Natural Ambiental “João Anselmo”, que fica em Morada Nova e na Fundação Zoobotânica de Marabá. Entre as provas da gincana, destaca-se Caça-palavras, que bicho é esse? jogo da coleta seletiva, prova dos 3 R- Reduzir, reutilizar e reciclar, melhor mascote de cada equipe, caracterização e grito de guerra. A equipe que saiu vencedora foi a azul.

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      A coordenadora da educação dos jovens e adultos do município de Marabá, Adriana Machado, destacou que a culminância da gincana trata-se de um momento importante porque mobiliza e protagoniza a participação dos jovens e adultos. “É uma gincana interdisciplinar que vai mobilizar os saberes, cultura, tradição e a experiência que esses alunos já vêm trazendo para dentro do espaço da sala de aula. Então esse momento é muito importante para divulgar o pacto nacional pela Alfabetização de Jovens e Adultos e mobilização desse público de Marabá. Essas pessoas têm o direito de se alfabetizar com dignidade, com direito a uma educação de qualidade, levando em consideração esses saberes, experiências que eles já trazem para dentro do espaço da sala de aula. E esse ano trouxemos a sustentabilidade da Amazônia Paraense, e questões ambientais incluindo propostas curriculares dentro dos conteúdos da sala de aula, juntando a experiência, a prática e histórias de vida que eles já trazem para dentro da sala de aula”, destacou ela, acrescentando que foram mais de 200 alunos mobilizados na gincana.

               Renata Magalhães, da equipe da coordenadora da gincana da Escola Pedro Perez falou sobre a relevância da gincana. “Na verdade, aqui já faz quatro anos que a gente realiza essa gincana, e esse ano a gente preferiu fazer diferente, e convidar os outros anexos também para estar participando com a gente, nesse momento tão importante e dessa discussão que está sendo aí a nível mundial, que é a COP30. E nossa temática também é a COP30, preservando para um futuro melhor. Percebemos os alunos empolgados e com outro comportamento, eles ficam entusiasmados e integram conhecimento”, assimila.

 A professora de Língua Portuguesa, Priscila Pábula, da escola São Félix,  trabalhou com seus alunos do EJA, uma apresentação que homengeou a figura da garça, a importância dos pescadores e do açaí típico da região. A turma representou a equipe branca.

                Aluna do EJA, a autônoma, Lindalva Aparecida da Silva, de 68 anos, afirmou que não era alfabetizada e começou a estudar na turma do EJA durante o ano passado. “Esse ano eu já sei assinar meu nome direito, e já sei ler muitas palavras, juntando, já sei ler as mensagens que o professor me manda por WhatsApp. Era meu sonho estudar e ser alfabetizada. Hoje estou muito feliz com essa gincana, aprendendo a proteger o planeta Terra e ainda várias outras temáticas de sustentabilidade. Só tenho a agradecer a Deus, porque o estudo melhorou até o meu trabalho, porque vendo roupas e agora já sei anotar tudo”, comemora ela.

                O aluno Manoel Rodrigues da Silva, 75 anos, ele contou que voltou para escola porque ficou viúvo e ficou sozinho, além do conhecimento ele queria ter novas amizades. “Estou me alfabetizando e morando perto da escola. Estou gostando muito dessa modalidade e dessa nova atividade de trabalhar o meio ambiente por meio da gincana”, disse ele.

(Da Redação)