Correio de Carajás

Ginástica artística: o esporte que vai além do benefício físico

Para o professor Bruno Pantoja, a modalidade traz benefícios físicos, emocionais e comportamentais// Fotos: Evangelista Rocha

Muita gente ainda não sabe, mas em Marabá as aulas de ginástica artística estão ‘bombando’. A prática do esporte – de beleza e graciosidade nos movimentos – está carregada de disciplina, responsabilidade, coragem, força e determinação.

O CORREIO foi ver de perto como funciona uma aula de ginástica artística. A frente da turma, o professor de educação física e terapeuta de psicomotricidade Bruno Pantoja, afirma que a modalidade pode trazer diversos benefícios físicos, emocionais e comportamentais, contribuindo para o desenvolvimento positivo do emocional, afetivo e social.

“Todos os trabalhos que a gente desenvolve aqui de esquema corporal, lateralidade, coordenação motora e movimentos mais específicos, eles trabalham com áreas do cérebro que preconizam a socialização, o trabalho cognitivo e melhoria da disciplina na escola. Tudo isso passa por movimento, porque cada movimento aprendido no cérebro da criança ele se codifica através de um eneagrama motor que desenvolve as habilidades. Existem movimentos, por exemplo, que trabalham o córtex frontal que auxiliam na contextualização da linguagem. Então, a criança passa a alfabetizar mais cedo, escrever melhor e a interpretar os textos. É um trabalho que a gente não consegue separar, tudo ocorre concomitantemente”, conta o professor, que possui mais de vinte anos de experiência na área.

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“Não existe o ‘passou da fase’. A gente vai adaptando conforme cada aluno e temos ótimos resultados”, conta o professor

As aulas são uma ótima forma de se divertir, entreter e gastar energia, além de proporcionar diversas habilidades ao corpo e de comportamento que geram impactos na vida da pessoa. Além disso, o esporte auxilia na prevenção de doenças, melhora a flexibilidade, habilidade e concentração, ensina sobre disciplina e melhora a força e a aptidão cardiovascular.

“Esse trabalho de ginástica artística é muito importante dentro do ponto de vista maturacional da criança, conseguindo abarcar a fase coerente do desenvolvimento da criança. Quando a gente pensa que as nossas crianças gostam muito de correr, pular, saltar com movimentos um pouco mais grosseiros, esses movimentos a gente vai trazendo um pouco mais de técnica na ginástica artística”, explica.

Para Érica Felipe, mãe de uma pequena ginasta, o esporte melhorou muito a mobilidade e a flexibilidade da filha, que saiu do balé para adentrar ao novo esporte. “Acredito que o crescimento dela vai ser muito melhor por conta da atividade física. Minha filha se interessou pelo esporte e decidiu mudar”, conta a mãe, que acompanha de perto as aulas da filha.

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Questionado pela Reportagem se existe uma faixa etária para iniciar no esporte, professor Bruno afirma que não, que o esporte é para todos, claro, com adaptações.

“O adulto pode fazer. Para a ginástica, temos uma modalidade chamada ‘ginástica para todos’ onde é feita uma adaptação para todas as faixas etárias. Não existe o ‘passou da fase’. A gente vai adaptando conforme cada aluno e temos ótimos resultados”, finaliza.

O professor Bruno Pantoja convida a sociedade para prestigiar a competição Taça Cidade Marabá Ginástica Artística, que acontece no dia 19 de abril, no Ginásio Renato Veloso, na Folha 16, na Nova Marabá.

Informações sobre as aulas de Ginástica Artística em Marabá: Bruno Pantoja 94 98198-3735.

(Ana Mangas)