Correio de Carajás

Gasosa dispara em Marabá e Pebas e consumidor muda suas rotas

Foi de repente. Do dia para a noite o preço da gasolina em Marabá, Parauapebas e demais municípios da região disparou. E superou o valor de R$ 4,46 em Marabá e R$ 4,65 em Parauapebas, após último reajuste feito pela Petrobras na última segunda-feira (30).

O reajuste realizado pela Petrobrás aumenta o preço da gasolina em 1,7% e diminui o do etanol em 0,3%. As alterações feitas pela empresa são nocivas ao consumidor e apenas em setembro os mais de 20 reajustes feitos pela Petrobrás somaram 3,8% ao valor da gasolina e 8,4% ao do diesel. Na semana passada, a gasolina estava sendo vendida em Marabá até R$ 4,09.

Quem quiser economizar em Marabá, vai ter de ir ao Distrito Industrial, onde o Posto Ferroviário ainda vende a gasolina R$ 3,99. Mas só compensa se abastecer mais de 25 litros.

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Apesar do aumento no preço dos combustíveis, o economista Cláudio Furtado prevê uma queda nesse valor. A baixa, segundo ele, é resultado da diminuição do lucro bruto dos revendedores de combustível. “Os donos de posto têm de diminuir o valor dos combustíveis para conseguir criar um caixa usado para efetuar o pagamento dos frentistas e valores tributários”, pontua.

Furtado acredita que, como as taxas devem ser pagas até o dia 5 de novembro, os preços dos combustíveis comecem a cair até o final desta semana. Num levantamento feito em postos de Marabá, o preço da gasolina varia entre R$ 4,39 a R$ 4,45.

Prejuízo para o consumidor

A enfermeira Andreia Aragão enxerga o aumento como um fator que altera a dinâmica da casa, uma vez que o carro é necessário para ir para o trabalho, levar as crianças para a escola, dentre outras atividades cotidianas. Ela conta que não enche mais o tanque, abastece, no máximo, R$ 100 por vez e que vê a alta de valores como absurda.

A realidade de Andreia não é exceção. O frentista Igor Neres explica que no posto em que trabalha, no centro do bairro Cidade Nova, as vendas diminuíram 50%. Além disso, os motoristas abastecem apenas pequenas quantias. “Nós vendíamos R$ 20 mil em um período do dia, hoje quando chega a R$ 10 mil o dia inteiro é muito”.

O mesmo frentista estima que, apenas em outubro, cerca de 15 reajustes já tenham sido feitos pela Petrobrás e que a empresa leva dois critérios em conta no momento de mudar os preços: o valor do dólar e o preço do petróleo no mercado internacional.

Cláudio Furtado explica que quando o valor da gasolina passou de R$ 4,00, os consumidores deveriam param de abastecer e deixam o carro em casa. Andreia conta que já cogitou a ideia de voltar a usar ônibus, uma vez que não compensa abastecer com álcool. “Mas a gente pensa duas vezes antes de sair de casa, tenta conciliar uma necessidade com a outra para fazer tudo de uma vez só”, diz.

Redes sociais pipocam

Nas redes sociais, os consumidores chiam de todas as formas. Jorge Fonseca postou a seguinte mensagem no Facebook: “Gasolina comum em Marabá a R$ 4,38 o litro. Semana passada tava R$ 4,09 a aditivada. Mas a inflação tá caindo, sqn”, ironizou. A mensagem dele teve compartilhamentos e recebeu vários comentários, todos criticando o aumento no preço dos combustíveis e o governo.

Em Eldorado do Carajás, a gasolina pode ser encontrada por R$ 4,15, conforme registrou nesta quarta-feira a Reportagem do Correio de Carajás. Em Curionópolis, na beira da rodovia a placa anuncia R$ 4,25, todos abaixo da média em Marabá. Já em Parauapebas, o pior cenário da região, com gasolina sendo vendida a R$ 4,65, assusta qualquer condutor. O posto mais caro da cidade fica na Avenida Beira Rio II, enquanto mais barato, segundo a Reportagem do Correio, está localizado na Rua 11, Bairro União.

O reajuste frequente é parte do novo formato na política de ajuste de preços, em vigor desde julho. De acordo com o site Valor Econômico, desde o início da aplicação da metodologia, a gasolina acumula alta de 18,79% e o diesel, 21,32%. (Ulisses Pompeu e Ronaldo Modesto)

Foi de repente. Do dia para a noite o preço da gasolina em Marabá, Parauapebas e demais municípios da região disparou. E superou o valor de R$ 4,46 em Marabá e R$ 4,65 em Parauapebas, após último reajuste feito pela Petrobras na última segunda-feira (30).

O reajuste realizado pela Petrobrás aumenta o preço da gasolina em 1,7% e diminui o do etanol em 0,3%. As alterações feitas pela empresa são nocivas ao consumidor e apenas em setembro os mais de 20 reajustes feitos pela Petrobrás somaram 3,8% ao valor da gasolina e 8,4% ao do diesel. Na semana passada, a gasolina estava sendo vendida em Marabá até R$ 4,09.

Quem quiser economizar em Marabá, vai ter de ir ao Distrito Industrial, onde o Posto Ferroviário ainda vende a gasolina R$ 3,99. Mas só compensa se abastecer mais de 25 litros.

Apesar do aumento no preço dos combustíveis, o economista Cláudio Furtado prevê uma queda nesse valor. A baixa, segundo ele, é resultado da diminuição do lucro bruto dos revendedores de combustível. “Os donos de posto têm de diminuir o valor dos combustíveis para conseguir criar um caixa usado para efetuar o pagamento dos frentistas e valores tributários”, pontua.

Furtado acredita que, como as taxas devem ser pagas até o dia 5 de novembro, os preços dos combustíveis comecem a cair até o final desta semana. Num levantamento feito em postos de Marabá, o preço da gasolina varia entre R$ 4,39 a R$ 4,45.

Prejuízo para o consumidor

A enfermeira Andreia Aragão enxerga o aumento como um fator que altera a dinâmica da casa, uma vez que o carro é necessário para ir para o trabalho, levar as crianças para a escola, dentre outras atividades cotidianas. Ela conta que não enche mais o tanque, abastece, no máximo, R$ 100 por vez e que vê a alta de valores como absurda.

A realidade de Andreia não é exceção. O frentista Igor Neres explica que no posto em que trabalha, no centro do bairro Cidade Nova, as vendas diminuíram 50%. Além disso, os motoristas abastecem apenas pequenas quantias. “Nós vendíamos R$ 20 mil em um período do dia, hoje quando chega a R$ 10 mil o dia inteiro é muito”.

O mesmo frentista estima que, apenas em outubro, cerca de 15 reajustes já tenham sido feitos pela Petrobrás e que a empresa leva dois critérios em conta no momento de mudar os preços: o valor do dólar e o preço do petróleo no mercado internacional.

Cláudio Furtado explica que quando o valor da gasolina passou de R$ 4,00, os consumidores deveriam param de abastecer e deixam o carro em casa. Andreia conta que já cogitou a ideia de voltar a usar ônibus, uma vez que não compensa abastecer com álcool. “Mas a gente pensa duas vezes antes de sair de casa, tenta conciliar uma necessidade com a outra para fazer tudo de uma vez só”, diz.

Redes sociais pipocam

Nas redes sociais, os consumidores chiam de todas as formas. Jorge Fonseca postou a seguinte mensagem no Facebook: “Gasolina comum em Marabá a R$ 4,38 o litro. Semana passada tava R$ 4,09 a aditivada. Mas a inflação tá caindo, sqn”, ironizou. A mensagem dele teve compartilhamentos e recebeu vários comentários, todos criticando o aumento no preço dos combustíveis e o governo.

Em Eldorado do Carajás, a gasolina pode ser encontrada por R$ 4,15, conforme registrou nesta quarta-feira a Reportagem do Correio de Carajás. Em Curionópolis, na beira da rodovia a placa anuncia R$ 4,25, todos abaixo da média em Marabá. Já em Parauapebas, o pior cenário da região, com gasolina sendo vendida a R$ 4,65, assusta qualquer condutor. O posto mais caro da cidade fica na Avenida Beira Rio II, enquanto mais barato, segundo a Reportagem do Correio, está localizado na Rua 11, Bairro União.

O reajuste frequente é parte do novo formato na política de ajuste de preços, em vigor desde julho. De acordo com o site Valor Econômico, desde o início da aplicação da metodologia, a gasolina acumula alta de 18,79% e o diesel, 21,32%. (Ulisses Pompeu e Ronaldo Modesto)