O programa “Fundo Esperança”, criado pelo Governo do Pará para minimizar o impacto econômico provocado pela covid-19, já liberou mais R$ 60 milhões de crédito para micro e pequenos empresários do Pará que atenderam aos requisitos para receber o empréstimo, ou seja, 30,79% do total de recurso do fundo. Deste total, R$ 4 milhões foram disponibilizados para pessoas físicas e R$ 57 milhões para pessoas jurídicas.
Há 32 anos trabalhando como boieira no Ver-o-Peso, Eliana Maria da Silva se viu em uma situação difícil com a pandemia tendo que cumprir o isolamento social, o que a deixou sem renda para comprar seus produtos. Foi quando um amigo resolveu escrever a boieira e suas companheiras no programa Fundo Esperança. “Eu estava adoecendo em casa, sem ter como comprar o material de trabalho e graças ao Fundo Esperança, hoje aluguei um ponto em parceria com um amigo e estou produzindo a comida e entregando por delivery”, contou.
Para Mara Souza, empresária do ramo de material de construção, medidas assim são bem-vindas, pois trazem liquidez e ajudam na manutenção da empresa neste momento de pandemia. “A linha de crédito chegou em boa hora, pois vou poder cobrir as despesas que, até momento, não sabia como resolver e desta forma manter meu empreendimento de portas abertas”, comentou.
Leia mais:Ao todo, o Fundo oferece R$ 200 milhões em créditos de até R$ 15 mil a empresários, com juros de 0,2%, carência de 60 dias, e 36 meses de prazo para pagamento. O objetivo é aquecer o setor econômico paraense no período de menor fluxo do comércio.
O programa é gerenciado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), e operacionalizado pelo Banpará em parceria com o Sebrae-Pará (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
“Neste momento de isolamento social, é fundamental garantir o mínimo de condições à sociedade através da injeção de recursos na economia através do Fundo Esperança. É mais dinheiro injetado pelo Governo do Pará para que as atividades econômicas consigam manter seu funcionamento garantindo geração de emprego e renda para a população”, frisa o titular da Sedeme, Adler Silveira.
A central de atendimento do Fundo Esperança já realizou, no período de 28 de março a 26 de abril, uma média de 60 mil ligações. Destas, 45 mil foram atendidas e 15 mil não atendidas, por esse motivo o superintendente do Sebrae, Rubens Magno reforça que os empresários paraenses inscritos e que estão elegíveis para receber a linha de crédito, aguardem a ligação dos atendentes do Fundo Esperança, que estão trabalhando ininterruptamente de 8h às 20h, todos dias. “Para atender alta demanda do programa contamos com um total de 200 atendentes e iniciamos nesta semana o teste com o uso da inteligência artificial para podermos agilizar o processo de liberação desses recursos aos empresários”. (Agência Pará)