Correio de Carajás

Funcionários de terceirizada da Equatorial fazem paralisação em Marabá

Eles cruzaram os braços em manifestação por melhores condições de trabalho e pagamento de horas-extras

Quase 100 trabalhadores se reúnem no pátio da sede da Equatorial, na Folha 19/ Fotos: Evangelista Rocha

Os funcionários de uma das maiores terceirizadas da Equatorial Energia, a Dínamo Engenharia, em Marabá, paralisaram suas atividades nesta segunda-feira (6). Entre as reivindicações dos colaboradores, estão a falta de pagamento de horas extras, do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), das férias, do ponto editável, de pagamento de adicional aos motoristas, plano de saúde e o sucateamento da frota. Quase 100 trabalhadores se reúnem no pátio da sede da Equatorial, na Folha 19.

Era cedo quando começou a circular em grupos do WhatsApp um áudio com as pautas dos funcionários: “Atenção, comunidade! Atenção, Marabá! Atenção, poder público! Atenção, meu povo! Os eletricistas pedem socorro, pois já não sabem mais o que fazer, com o descaso que vem sofrendo por parte da terceirizada”.

No mesmo áudio, a súplica é que os eletricistas estariam cansados e precisam da ajuda da comunidade, do poder público e, em especial, da Equatorial. A intenção da categoria é garantir o bem-estar dos trabalhadores. A falta de acesso à água potável no pátio da Dínamo, já que não existe bebedouro disponível, também foi algo pontuado.

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A reportagem deste CORREIO esteve no local em que os colaboradores se concentram desde as 7h e conversou com o representante do Sindicato dos Urbanitários, Otávio Barbosa: “Nós estamos aqui solidarizando com estes trabalhadores, porque nós representamos o funcionário direto da empresa. Como eles são terceirizados, ainda não os filiamos, mas isso está sendo encaminhado”, explicou.

O representante do Sindicato dos Urbanitários, Otávio Barbosa, diz que é um absurdo que os funcionários não tenham, se quer, bebedouro na sede

Sobre as reivindicações, ele pontuou que é um absurdo que, no século 21, o trabalhador que lide com serviço de alta periculosidade não ter o direito a coisas básicas como tirar férias e, ainda, precisar realizar muitas horas extras não remuneradas.

“A questão das condições de trabalho, segurança, remuneração justa e benefícios para os trabalhadores terceirizados é de extrema importância. É correto afirmar que a empresa Equatorial, que se beneficia desses trabalhadores, também tem uma responsabilidade na garantia de que eles sejam tratados de forma justa e segura”, afirma Otávio.

Por volta de 9h, o representante do Sindicado dos Metalúrgicos de Marabá, de prenome Juvenal, se fez presente na concentração e reuniu dez eletricistas que se voluntariaram para sentar e discutir com o representante da empresa de engenharia, Fabrício Alvarenga, as pautas que estão sendo reivindicadas.

Juvenal conclamou 10 trabalhadores para dialogar com o representante da Dínamo para tentar chegar a um acordo

Fabrício não quis dar entrevista, mas falou em off que a intenção é que, até as 14h de hoje, ainda, um acordo seja estabelecido entre as duas partes.

Procurada pela Redação do CORREIO DE CARAJÁS, a Equatorial informou o seguinte: “A Equatorial Pará informa que tomou conhecimento da paralisação dos colaboradores da prestadora de serviços, Dínamo Engenharia, na manhã desta segunda-feira, 6.

A distribuidora reforça que a empresa parceira está buscando dialogar com a liderança da manifestação para analisar a pauta de reivindicação e acrescenta que seu plano de trabalho será contínuo para que não haja qualquer prejuízo na prestação de serviços aos clientes.” (Thays Araujo)