Correio de Carajás

Funcionário de lava-jato é assassinado a tiros

O homicídio aconteceu no local onde a vítima estava trabalhando havia quatro dias. Os criminosos abandonaram o carro usado no crime logo em seguida.

Melkezedc já teve passagem pela polícia por tráfico de drogas/ Fotos: Divulgação

Exatamente às 13h21 desta quarta-feira (2), mais um assassinato se registrou na conturbada cidade de Parauapebas. A vítima desta vez foi Melkezedc Gonçalves dos Anjos, de apenas 18 anos. Ele estava trabalhando em um lava-jato quando foi surpreendido por dois pistoleiros e executado a tiros. O homicídio aconteceu na Rua Gibraltar, Bairro Vila Rica.

A Polícia Militar tomou conhecimento do crime por meio do rádio operador, informando que na Rua Gibraltar havia um homicídio. Segundo populares, três elementos em um carro Fiat de cor cinza chegaram ao local e dois elementos desceram do veículo com arma em punho efetuando pelo menos quatro disparos contra Melkezedc. Um dos tiros atingiu a testa do alvo.

Foi feita a preservação do local do crime até a chegada da Polícia Civil e do Instituto Médico Legal (IML). No local foram recolhidas cápsulas de pistola 380.

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Pelas imagens que foram feitas por câmeras de segurança, é possível ver um Fiat Cronus chegando ao lava-jato e dois homens já descem correndo. Entre o momento em que eles saem do carro e o retorno do último pistoleiro, são apenas 20 segundos. Chama atenção que um dos matadores volta logo pro carro, enquanto o outro demora um pouquinho mais. É possível que o tiro de misericórdia na testa da vítima tenha sido dado pelo segundo matador.

Pouco tempo depois do crime, policiais militares encontraram o carro usado pelos criminosos abandonado atrás da sede do DETRAN-PA.

Poucas informações

Visivelmente amedrontado, o proprietário do lava-jato – que pediu não ter sua identidade revelada – relata que tinha saído para comparar um sabão e quando voltou ao local, já se deparou com a vítima morta e o alvoroço causado pela cena de crime.

Melkezedc estava trabalhando havia poucos dias no lava-jato. Mas ele já esteve preso por tráfico de drogas, segundo informação repassada pela Polícia Civil. Mas ainda não é possível dizer se o assassinato dele guarda alguma relação com a vida pregressa dele.

Procurados pela reportagem deste CORREIO, os familiares do morto não quiseram gravar entrevista sobre o assassinato do rapaz. (Chagas Filho com informações de Ronaldo Modesto)