A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) vai passar por um processo de reestruturação que inclui a devolução do prédio onde atualmente funciona a sede do órgão, em Brasília, alugado pelo valor de R$ 1,1 milhão ao mês. O plano é retornar à antiga sede própria, localizada no Setor de Autarquias Sul da capital federal, além de revisar contratos em todas as áreas. A meta, de acordo com o presidente Ronaldo Nogueira, é economizar, até o final de 2019, R$ 42 milhões.
Em entrevista à Rádio Nacional, Nogueira explicou que foi feito um diagnóstico da situação estrutural da Funasa, que hoje tem aproximadamente 2,4 mil servidores ativos e 11,7 mil inativos. Segundo ele, do orçamento total do órgão, de R$ 3,1 bilhões, cerca de R$ 2,9 bilhões vão para a folha de pagamento, além de despesas de custeio e manutenção da estrutura que giram em torno de R$ 1 bilhão. “Precisamos tomar algumas medidas no que diz respeito à reestruturação”, disse.
Nogueira garantiu já ter determinado que todas as áreas façam estudos e que apenas contratos que estejam “ancorados” no objetivo final da Funasa, que inclui a prestação de serviços em áreas como saneamento básico e resíduos sólidos, sejam mantidos. “O Brasil precisa cumprir metas mundiais. É o quarto país do mundo que mais produz lixo e não há um programa adequado e articulado entre os entes federados – União, estados e municípios – que dê um tratamento e uma destinação adequada para o lixo”, disse.
Leia mais:Dados da própria fundação apontam que, atualmente, cerca de 70% dos municípios brasileiros não têm serviço adequado de esgoto. Os números mostram ainda que o país produz, por ano, uma média de 11 milhões de toneladas de lixo sendo que, desse total, apenas 1,4% tem políticas de coleta seletiva e destinação adequada. (Agência Brasil)