Trabalho de prevenção a queimadas urbanas e rurais será desenvolvido a partir deste mês por diversos órgãos de Marabá. O objetivo é reduzir os índices de incêndios no campo e na cidade por meio de iniciativas de conscientização e combate. Só no mês de julho, o Corpo de Bombeiros atendeu 57 ocorrências, número que se intensifica entre os meses de junho e outubro, segundo a corporação.
Durante a coletiva de imprensa, realizada na manhã desta terça-feira, dia 20, no Ministério Público do Estado do Pará, localizado no Núcleo Cidade Nova, Polícia Militar, Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), Polícia Civil, Defesa Civil, Ministério Público (MP) e Corpo de Bombeiros firmaram um acordo de cooperação técnica, com o objetivo de diminuir os índices de incêndios urbanos e florestais.
Os órgãos se dividiram e irão realizar campanhas de conscientização na cidade e no campo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a maior preocupação da corporação é que a saúde dos moradores seja prejudicada pela intensa fumaça que invade a cidade neste período. “Estamos prontos com viatura, pessoal e equipamentos para atuar conforme solicitado”, afirmou o Comandante do 5º Grupamento Bombeiro Militar, o tenente-coronel Lélis.
Leia mais:A promotora Josélia Barros pediu que a população possa contribuir denunciando os crimes ambientais. “O olhar mudou e a mão vai pesar agora porque quem for pego em flagrante vai ser levado para a delegacia, responder processo, pagar uma multa alta, terá todas as complicações que um crime envolve”, anunciou. De acordo com Josélia, a multa pode variar de R$ 5 mil a R$ 5 milhões.
Segundo o secretário Municipal do Meio Ambiente, Rubens Borges Sampaio, a queima na área urbana é expressamente proibida e o não cumprimento resulta em crime ambiental. “Na zona urbana não se pode queimar de jeito nenhum, nem no seu próprio quintal. Já na zona rural existem autorizações que precisam ser solicitadas aos órgãos ambientais, estado e municípios. Aí então vai ser avaliado se poderá ocorrer o que chamamos de queima controlada, que é prevista em lei”, detalhou o gestor.
Os responsáveis por colocar fogo em propriedades podem responder por crime ambiental, conforme explica Lélis. “São previstas algumas sansões que estão sendo discutidas por nós justamente para que possamos fazer, além desse trabalho preventivo, um trabalho de repressão, para que ele (pessoa que colocar fogo) possa responder por crime ambiental”, disse.
Já na área urbana, de acordo com o Corpo de Bombeiros, grande parte dos incêndios são provocados quando os moradores resolvem usar fogo para limpar os terrenos. O militar aconselha: “Muito desse material (galhada de árvores) pode ser usado até mesmo como adubo, basta a pessoa enterrar na própria propriedade”, orientou. (Karine Sued)