A Nasa divulgou nesta semana várias imagens de satélite que mostram uma densa camada de fumaça sobre os estados de Rondônia e Amazonas. Segundo a agência do governo dos Estados Unidos, a fumaça acinzentada no mapa é resultado das queimadas que atingem a região amazônica desde o fim de julho.
As imagens, feitas pela Nasa ao longo do mês de agosto, revelam que a fumaça formou um corredor sobre a Amazônia e está se espalhando pelo Brasil.
Até a cidade de São Paulo, a 2,2 mil quilômetros de Rondônia, foi afetada pela fumaça dos incêndios florestais, segundo especialistas. Análises realizadas na terça-feira (20) confirmaram a presença de partículas de queimadas na chuva que caiu na cidade.
Leia mais:“O moderado espectrorradiômetro de imagens de resolução (Modis) do satélite Aqua capturou as imagens de vários incêndios ocorridos nos estados de Rondônia, Amazonas, Pará e Mato Grosso, ao longo de agosto”, ressalta a agência espacial.
Nos anos anteriores, a Nasa afirma que o pico das queimadas era registrado pelos satélites sempre no início de setembro.
Ainda de acordo com a agência, a parte do mapa de cor cinza ou de tonalidade semelhante à cor cinza representa a fumaça de incêndios. As nuvens são os pequenos pontos brancos.
Porto Velho, capital de Rondônia, é um dos municípios mais atingidos pela fumaça que cobre o estado.
Segundo as autoridades, a poluição no ar já ameaça a saúde da população, devido ao monóxido de carbono (CO) concentrado na fumaça.
Aumento de queimadas
De janeiro a agosto as queimadas na Amazônia Brasileira dobraram em relação ao mesmo período do ano passado. Este ano mais de 53 mil focos foram registrados no Norte do país e em parte do Maranhão. Em 2018, o número foi de 26,5 mil. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Em Rondônia, o número de queimadas disparou 190%. O estado está desde o início de agosto encoberto por fumaça. Essa poluição ameaça a saúde da população.
Mato Grosso é o estado com maior quantidade de queimadas: mais de 13 mil focos de incêndio já foram registrados entre janeiro e agosto deste ano.
(Fonte: G1)