A justiça francesa emitiu nesta sexta-feira (22) um mandado de prisão internacional contra o brasileiro Carlos Ghosn, ex-CEO da Renault e da Nissan. Ghosn, que vive no Líbano e já foi preso no Japão por supostas violações financeiras, se disse “surpreso” com o mandado, segundo seu porta-voz.
“Isso é uma surpresa. Ghosn sempre cooperou com as autoridades da França”, afirmou o porta-voz do brasileiro ao Wall Street Journal.
O mandado foi emitido como parte de uma investigação conduzida em Nanterre (Hauts-de-Seine) por abuso de ativos corporativos e lavagem de dinheiro, informou a promotoria à imprensa francesa.
Leia mais:Ghosn, que também tem nacionalidade libanesa e francesa, deveria ter sido julgado em Tóquio por peculato financeiro. Mas ele mora em Beirute desde que fugiu do Japão, no final de 2019 e o país não extradita seus cidadãos.
Promotores na França emitiram mandados de prisão internacionais para Ghosn e mais quatro pessoas. Um dos mandados mira o bilionário Suhail Bahwan, dono de uma distribuidora de veículos em Omã, que promotores alegam ter sido usada para canalizar fundos da Renault para uso pessoal de Ghosn.
Os outros três mandados de prisão são contra os dois filhos de Bahwan e o ex-gerente geral da Suhail Bahwan Automobiles, disse.
Em Nanterre, os investigadores estão interessados em quase 15 milhões de euros em pagamentos considerados suspeitos entre RNBV (consórcio Renault/Nissan) e o distribuidor do fabricante de automóveis francês em Omã, Suhail Bahwan Automobiles (SBA).
(Fonte:G1)