Correio de Carajás

Força tarefa destrava inquéritos em Marabá

Força tarefa destrava inquéritos em Marabá

Mais de 1.500 inquéritos que investigam os mais diversos crimes em Marabá estão pendentes por falta de cumprimentos de diligências ou inserção de laudos periciais. Com isso, o trabalho tanto da Polícia quanto da Justiça fica incompleto. Para mudar essa realidade, a Polícia Civil de Marabá deu início a uma força-tarefa que visa agilizar todos esses inquéritos. Trata-se da Comissão Provisória de Execução de Diligências (CPED).

A dinâmica de trabalho é a seguinte: todas as sextas-feiras, 11 equipes da Polícia Civil, com mais de 40 policiais, estão concentrando esforços para agilizar esses inquéritos, com objetivo de sanar essas pendências dentro de seis meses.

Parceiros na força-tarefa, o Ministério Público, o Poder Judiciário e o Centro de Perícias Científicas (CPC) Renato Chaves participaram da abertura oficial dos trabalhos nesta sexta-feira (27).

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Os delegados Thiago Carneiro (superintendente regional) e Victor Leal observam que iniciativas como esta garantem o bom andamento da Justiça, dando retorno aos cidadãos. “Todo inquérito possui uma vítima e não é justo que as vítimas fiquem desamparadas”, comenta Victor Leal.

Thiago Carneiro detalhou que o trabalho das equipes é tentar identificar autores de crimes, através de medidas que estão faltando dentro dos inquéritos, como a convocação de testemunhas, laudos periciais e outros elementos que ajudam na formulação de provas materiais.

Já o juiz Marcelo Andrei destacou que a ideia é fazer uma análise de todos os inquéritos pendentes para verificar onde ainda é possível trabalhar e dar andamento, para resolver todos os casos possíveis.

Por outro lado, a promotora Cristine Magela Correia Lima, da 2ª Promotoria Criminal, comentou que muitos inquéritos ficam parados em razão da saída de titulares nas delegacias e algumas diligências ficam sem ser feitas porque a demanda é muito grande em Marabá. “Eu entendo que essa iniciativa vai ser muito boa”, comenta, acrescentando que cabe à população colaborar, cobrando dos órgãos competentes. “A população tem que ser ativa nesse sentido”. (Chagas Filho com informações de Evangelista Rocha)