Uma grande queimada tomou conta, na tarde desta quarta-feira (5), do chamado Varjão da Velha Marabá, área próxima à Rodovia Transamazônica (BR-230). O fogo se espalhou rapidamente pela vegetação e produziu uma densa cortina de fumaça, que se espalhou sobre a cidade, principalmente no Núcleo Cidade Nova, levada pelo vento.
A cena, infelizmente, não é novidade para os marabaenses: queimadas nesse mesmo local são registradas praticamente todos os anos, sem que as autoridades consigam responsabilizar os causadores. Enquanto isso, a população sofre com a poluição do ar, que se torna ainda mais crítica em dias de forte estiagem.
Perigo no ar
Leia mais:As imagens registradas por drone da Duo Produtora, parceira do Correio de Carajás, mostram não apenas o avanço das chamas, mas também a nuvem de fumaça se deslocando na direção da pista do Aeroporto João Corrêa da Rocha. A situação preocupa por representar risco direto às operações de pousos e decolagens.
Vozes da cidade
Entre os mais afetados estão motoristas que transitavam pela Transamazônica. O comerciante Antônio Silva, que passava de carro pelo trecho da rodovia, relatou a dificuldade de visibilidade em sua rede social: “A gente mal enxergava o carro da frente. É um perigo danado, ainda mais nesse fluxo pesado de caminhões.”
No Núcleo Cidade Nova, a fumaça invadiu prédios e escritórios. O advogado Paulo Mendes, que atua próximo ao Fórum, desabafou sobre o transtorno: “Meu escritório ficou tomado pela fumaça. Tivemos que interromper o atendimento porque não dava para respirar direito. É revoltante ver isso se repetir todo ano sem solução.”
A população agora aguarda providências urgentes, tanto para apagar o fogo quanto para evitar que episódios como esse sigam se repetindo em Marabá.
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