Correio de Carajás

Flagrado em moto roubada, homem cai no choro

Comprar pão. Essa foi a justificativa dada por Rangel Nascimento Silva, de 35 anos, ao ser abordado por uma guarnição da Polícia Militar em uma moto roubada.

A abordagem aconteceu no início da manhã de hoje, quarta-feira (1º), na Rua E 9, no Bairro Tropical, em Parauapebas. Ele chegou aos prantos na 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil e negou que tivesse roubado o veículo.

Rangel contou que foi acordado cedo, por um sujeito que seria ‘barra pesada’ no local onde mora e que pediu para ele ir comprar pão. “Ele me deu a moto que estava e pediu para eu comprar pão. Eu sempre ajudo ele, dando comida, assim como ele também me ajuda da mesma forma. Eu não sabia que a moto era roubada. Se soubesse, jamais aceitaria, porque nunca ia prejudicar minha família”, argumentou, soluçando de tanto chorar.

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Segundo Rangel, quando ele parou para ligar, já foi abordado pelos policiais, que o conduziram para a delegacia. O acusado afirma que trabalha como autônomo fazendo consertos de aparelhos eletrônicos para sobreviver e que nunca esteve preso.

Mas os policiais não acreditaram na história e nem se comoveram com as lágrimas dele. De acordo com o sargento Da Silva, chegou uma denúncia ao Centro de Comando Operacional (CCO) sobre um veículo roubado.

“O caso nos foi passado e eu junto com o soldado Lopes começamos a levantar informações e chegamos até o proprietário da moto. Ele nos deu detalhes do caso e passou as caraterísticas do veículo. Em diligência no bairro Tropical, avistamos o sujeito na moto, que batia com as características do veículo roubado. Fizemos a abordagem e o trouxemos para a delegacia para os procedimentos cabíveis”, informa o sargento.

O policial observa que a justificativa dada pelo acusado que estava indo comprar pão não procede. “Ele estava longe e de costas para a padaria. Ele não tinha pão e na abordagem que fizemos não encontramos com ele nenhum centavo. Como é que ele ia comprar pão sem dinheiro?”, questionou o policial.

Rangel ficou de ser ouvido ainda estava manhã pelo delegado Dufrae Abade. (Tina Santos – com informações de Ronaldo Modesto)