📅 Publicado em 07/07/2025 15h04✏️ Atualizado em 07/07/2025 17h19
Com mais de 22 anos de experiência, a fisioterapeuta Fabiana Andrade, que apoiou o prefeito Toni Cunha durante a campanha eleitoral, passou a criticar o governo por causa dos problemas crescentes na saúde, principalmente no Hospital Materno Infantil (HMI). Por conta disso, ela está sendo perseguida, a ponto de uma página ligada ao prefeito postar vídeo em rede social difamando a conduta dela.
Mas Fabiana já denunciou esse “Modus Operandi” na delegacia de Polícia Civil. Além disso, ela continua denunciando também o verdadeiro caos na saúde de Marabá, que só vem aumentando nos seis meses do atual governo.
Fabiana diz que se arrependeu de ter apoiado Toni Cunha porque nada do que foi prometido de melhoria na saúde está sendo cumprido. “A promessa de campanha não é o que está acontecendo hoje. Não sei o que aconteceu pelo caminho, mas o que se vê hoje, principalmente dentro da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), são cargos ocupados por pessoas que não têm conhecimento e não sabem o que acontece na ponta do serviço; e não tem projetos”, resume.
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O que Fabiana não imaginava era que, ao reclamar da situação, seria alvo de ataques na Internet, com um vídeo postado em uma página denominada “Vagabundos e Pilantras da Inter”. O dono da página, que profere ofensas contra ela, de prenome Atoniel, é o mesmo que aparece dentro do gabinete do prefeito e cujas postagens são curtidas e comentadas por pessoas ligadas a Toni Cunha, inclusive familiares dele.
“Descobri que a pessoa que fez o vídeo me caluniando é ligada ao prefeito e a várias pessoas da família dele, que inclusive eu tinha como amigas. Para mim, foi extremamente decepcionando. Eu já não consigo dormir há mais ou menos três noites, porque eu fico muito triste com isso. Eu não esperava e acho que não merecia um vídeo daquela maneira que foi feita, de forma tão mentirosa”, desabafa.
Chama atenção o fato de que o vídeo difamatório foi feito logo depois que Fabiana denunciou o diretor administrativo do HMI, Wagner Araújo, e a chefe da Recepção, Érica Dayane, na ouvidoria da SMS. Segundo Fabiana, a perseguição tem sido grande no Materno Infantil.
“Muitas pessoas não sentem vontade de trabalhar por causa dessa pessoa (Érica)”, reclama, ao observar que Érica tenta demonstrar o tempo todo que e3stá lá para vigiar os funcionários e levar fuxico para o prefeito. “Trabalho em hospital, mais do que em qualquer outro lugar, é um trabalho em equipe”, afirma.
É possível que esta perseguição sirva para maquiar os problemas no HMI e na saúde de forma geral, que, segundo a médica, só piorou no governo Toni Cunha. “Infelizmente nesses seis meses, a situação só veio piorando. Hoje a gente tem falta luvas estéreis, a gente não tem Clorexidina pra lavar as mãos e desinfectar; a gente não tem papel toalha; estão faltando talheres; alguns medicamentos estão em falta na farmácia também há muito tempo”, enumera.
A fisioterapeuta observa que muitas das mortes do HMI, no início do ano, poderiam ter sido evitadas se o prefeito tivesse colocado especialistas na porta de entrada do hospital, ao invés de generalistas. Mas isso só foi feito depois que muita gente morreu.
Por dizer o que pensa, Fabiana, mesmo tendo apoiado Toni, agora é alvo de uma verdadeira máquina de moer reputações, que aparece sempre que alguém denuncia desmandos do atual governo.