Correio de Carajás

Fim de semana de violência doméstica em Marabá

Dias que costumam representar descanso e lazer têm, na realidade, se tornado um verdadeiro inferno para muitas famílias em Marabá. Como de praxe, mais um final de semana foi marcado pela violência doméstica no município. Nesse sábado e domingo, 28 e 29, a Polícia Militar teve que atender quatro casos diferentes de agressões espalhados pelos núcleos da cidade. Além das marcas visíveis da violência no corpo, psicológico e lar das vítimas, o gatilho de tais agressões, que não é visto a olho nu, está sempre presente: a misoginia.

A primeira ocorrência registrada via Núcleo Integrado e Operações (NIOP-190) aconteceu na tarde do sábado, quando Bep Djoti Xikrin foi denunciado pela própria mãe, após se trancar com a esposa no quarto e agredi-la. A vítima apresentava vários hematomas pelo corpo, além de sangue.

O detalhe nesse caso é que ao chegar na residência da família, os policiais tiveram que pedir para o suspeito destrancar a porta do cômodo onde fazia a companheira de refém e, ao abrir, puderam visualiza-la acuada em um canto.

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Por volta das 23h, a segunda denúncia de violência doméstica do dia foi feita na Avenida Aeroporto, Núcleo Cidade Nova, em que Jhon Lennon Pereira da Silva foi acusado pela companheira de agredi-la e fugir. A polícia encontrou o suspeito na casa de um amigo na Estrada Vicinal, Cajazeiras 2, em Itupiranga, com a desculpa de um concurso público no município.

Outra ligação para a NIOP, já no domingo, levou uma guarnição até o Residencial Tiradentes, no Núcleo Morada Nova, para a casa do acusado Enildo Lima Costa e de sua companheira, que, com a chegada dos agentes, mostrou um hematoma próximo ao olho esquerdo e outro no braço direito, como prova da agressão por parte do homem.

Quase 21h, e a quarta ocorrência foi registrada. Finalizando a série de barbáries do final de semana, dessa vez, uma briga de casal acabou por ser denunciada anonimamente. Na casa de Regivaldo da Silva Sousa e sua companheira, aparelho televisor, fogão, entre outras coisas estavam quebradas. Embora não tenham ocorrido agressões, ameaças foram feitas, e ambos encaminhados à delegacia. Lá, a confusão se estendeu e a vítima partiu pra cima de Regivaldo, muito nervosa, e acabou caindo no chão. (Thays Araujo)