Correio de Carajás

Filho de Anastácio de Queiroz revisita Marabá

“Estou deslumbrado com a Marabá que estou conhecendo desde ontem, muito diferente de quando eu aqui nasci numa data já longínqua. Parece uma cidade do Sul, ou do interior de São Paulo”, dizia ontem um marabaense de 92 anos que teve a sua vida inteira em Minas Gerais, como um médico oftalmologista respeitado no País. Ele é Joaquim Marinho de Queiroz, filho de uma das figuras históricas mais relevantes da história de Marabá, João Anastácio de Queiroz, presente na consolidação do município.

O hoje veterano ex-professor universitário e médico, cabelos brancos, andar manso, mas voz ainda firme, foi homenageado na Câmara Municipal de Marabá nesta quarta-feira, dia 4, em Sessão Solene que marcou os 105 anos de emancipação política e administrativa do Município. Foi o mais celebrado, merecendo atenção de todos e ainda fez o último discurso do dia, quando dividiu com todos ali presentes as suas impressões. “Que coisa bonita, que coisa suntuosa, com uma Medicina pujante, um corpo médico muito ideal e isso não existe assim em outras cidades do Pará. Tem cidades aqui no mesmo estado que parecem ainda viver no tempo da pedra lascada. Aqui não, aqui é primeiro mundo”, declarou.

Sobre a homenagem que estava recebendo, disse que a dividia com o seu saudoso pai, a quem definiu como um desbravador. “Quando nós (ele e os irmãos) nascemos, fizemos o curso primário aqui e a cidade não tinha curso secundário. Fomos para Belém. A intenção dele (o pai) era que alcançássemos níveis maiores: fomos para o Sul. Eu fui estudar Medicina, o Lauro Engenharia, o João cursou Economia”, lembra citando os irmãos.

Leia mais:

#ANUNCIO

Joaquim graduou-se em Medicina pela Universidade Federal do Pará e fez especialização em Oftalmologia no Hospital São Geraldo, vinculado a Universidade Federal de Minas Gerais. Em Belo Horizonte casou-se com Rosa Maria Malcher de Carvalho, também paraense (bisneta do governador José Malcher).

Joaquim seguiu narrando que depois de se formar, começou no mercado de trabalho, mas com o sentimento de que precisava voltar a Marabá. Passou a fazê-lo nas suas férias, rotineiramente, passando períodos de uma semana na cidade e aqui também atendendo como oftalmologista, por um determinado período de sua vida. “Meus pacientes me chamavam carinhosamente de Doutor Quincas, meu apelido de infância”.

NA HISTÓRIA

No início do século passado, o carolinense João Anastácio de Queiroz desceu em uma balsa de buriti com a família para morar em Marabá. Aqui, foi membro da primeira Junta Administrativa de 1913, foi intendente nos anos de 1923 a 1930, cargo que correspondia a Prefeito e depois foi Deputado Estadual. O coronel, como era tratado, voltou a governar Marabá entre 1943 e 1945.

Saiba Mais

Joaquim Queiroz em 1987 foi eleito presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Foi o único paraense a ocupar o mais alto cargo da importante entidade nacional. É sócio-fundador e ex-presidente da Sociedade Paraense de Oftalmologia; membro titular da Academia Paraense de Medicina e do Colégio Brasileiro de Cirurgiões; doutor e Livre-Docente em Oftalmologia pela UFMG; tem vários trabalhos científicos e livros publicados.

 

(Da Redação)

“Estou deslumbrado com a Marabá que estou conhecendo desde ontem, muito diferente de quando eu aqui nasci numa data já longínqua. Parece uma cidade do Sul, ou do interior de São Paulo”, dizia ontem um marabaense de 92 anos que teve a sua vida inteira em Minas Gerais, como um médico oftalmologista respeitado no País. Ele é Joaquim Marinho de Queiroz, filho de uma das figuras históricas mais relevantes da história de Marabá, João Anastácio de Queiroz, presente na consolidação do município.

O hoje veterano ex-professor universitário e médico, cabelos brancos, andar manso, mas voz ainda firme, foi homenageado na Câmara Municipal de Marabá nesta quarta-feira, dia 4, em Sessão Solene que marcou os 105 anos de emancipação política e administrativa do Município. Foi o mais celebrado, merecendo atenção de todos e ainda fez o último discurso do dia, quando dividiu com todos ali presentes as suas impressões. “Que coisa bonita, que coisa suntuosa, com uma Medicina pujante, um corpo médico muito ideal e isso não existe assim em outras cidades do Pará. Tem cidades aqui no mesmo estado que parecem ainda viver no tempo da pedra lascada. Aqui não, aqui é primeiro mundo”, declarou.

Sobre a homenagem que estava recebendo, disse que a dividia com o seu saudoso pai, a quem definiu como um desbravador. “Quando nós (ele e os irmãos) nascemos, fizemos o curso primário aqui e a cidade não tinha curso secundário. Fomos para Belém. A intenção dele (o pai) era que alcançássemos níveis maiores: fomos para o Sul. Eu fui estudar Medicina, o Lauro Engenharia, o João cursou Economia”, lembra citando os irmãos.

#ANUNCIO

Joaquim graduou-se em Medicina pela Universidade Federal do Pará e fez especialização em Oftalmologia no Hospital São Geraldo, vinculado a Universidade Federal de Minas Gerais. Em Belo Horizonte casou-se com Rosa Maria Malcher de Carvalho, também paraense (bisneta do governador José Malcher).

Joaquim seguiu narrando que depois de se formar, começou no mercado de trabalho, mas com o sentimento de que precisava voltar a Marabá. Passou a fazê-lo nas suas férias, rotineiramente, passando períodos de uma semana na cidade e aqui também atendendo como oftalmologista, por um determinado período de sua vida. “Meus pacientes me chamavam carinhosamente de Doutor Quincas, meu apelido de infância”.

NA HISTÓRIA

No início do século passado, o carolinense João Anastácio de Queiroz desceu em uma balsa de buriti com a família para morar em Marabá. Aqui, foi membro da primeira Junta Administrativa de 1913, foi intendente nos anos de 1923 a 1930, cargo que correspondia a Prefeito e depois foi Deputado Estadual. O coronel, como era tratado, voltou a governar Marabá entre 1943 e 1945.

Saiba Mais

Joaquim Queiroz em 1987 foi eleito presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Foi o único paraense a ocupar o mais alto cargo da importante entidade nacional. É sócio-fundador e ex-presidente da Sociedade Paraense de Oftalmologia; membro titular da Academia Paraense de Medicina e do Colégio Brasileiro de Cirurgiões; doutor e Livre-Docente em Oftalmologia pela UFMG; tem vários trabalhos científicos e livros publicados.

 

(Da Redação)