Pela primeira vez, Marabá foi escolhida para sediar o Festival Paralímpico Brasileiro, que reuniu dezenas de crianças portadoras de deficiências físicas e intelectuais, entre 10 e 17 anos. Realizado no último sábado (22), no Carajás Centro de Convenções, Nova Marabá, o evento também ocorreu simultaneamente em 48 cidades do país e no Distrito Federal, somando mais de sete mil participantes. A iniciativa, no município, foi possível devido a uma parceria entre a Prefeitura de Marabá, Estado do Pará e o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
“Provar que o esporte é para todos, sem exclusão, sem segregação, esse é o principal papel do comitê paralímpico hoje, a nível nacional. E é para que isso que estamos aqui, fazendo essa integração, par aque esses alunos se sintam incluídos”, confirmou o professor de judô Antônio Sérgio.
O festival é um evento alusivo ao Dia Nacional do Atleta Paralímpico, instituído pelo Decreto de Lei nº 12.622, de 8 de maio de 2012. Durante o evento, os atletas paralímpicos puderam participar de três modalidades desportivas adaptadas: judô, bocha e tênis de mesa.
Leia mais:Segundo Araci Santana, coordenadora do Departamento de Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação (Semed), 150 alunos estiveram presentes no Festival. Ela ressalta que o município tem investido nestes atletas, com o projeto ‘Marabá Paralímpico’, desenvolvido em parceria com a 4ª Unidade Regional de Educação, órgão ligado à Secretaria de Educação do Pará (Seduc). “Nós atendemos hoje uma média de 85 alunos, que estão inseridos tanto na rede pública de ensino do município, quanto do estado”.
Para o pequeno Antônio Isac, de 11 anos, que é deficiente visual, a oportunidade de praticar esportes traz vários benefícios, como a oportunidade de fazer novas amizades. “Eu corro, faço atletismo, nado e faço arremesso de peso”, conta. A professora Luísa Crisóstomo destacou que o Festival mostra o quanto é importante a interação entre alunos e com o esporte.
“Esse evento aqui veio para fazer uma interação entre crianças com e sem deficiência, e mostrar que eles podem participar da educação física na escola, no recreio, que eles podem estar juntos e interagindo”.
(Nathália Viegas – Com informações de Evangelista Rocha)