Pela primeira vez em seus 127 anos de história, A Bienal de Veneza, uma das mais importantes exposições internacionais de arte do mundo, concedeu seus principais prêmios a duas mulheres negras na noite deste sábado (23).
As vencedoras foram a artista britânica Sonia Boyce e a norte-americana Simone Leigh.
Boyce venceu o Leão de Ouro pela melhor participação nacional por sua proposta para o pavilhão do Reino Unido. Na exposição “Feeling Her Way”, ela usa desenhos, fotografias, vídeos e instalações para retratar encontros sociais.
Leia mais:A obra central tem foco na música negra britânica e mostra reuniões de cantoras, que ensaiam e improvisam juntas numa dinâmica de colaboração.
Ao justificar a escolha da premiada, a Bienal elogiou a forma como o som é trabalhado na exposição. “Sonia Boyce propõe outra leitura das histórias através do sônico. Ao trabalhar colaborativamente com outras mulheres negras, ela desvenda uma plenitude de histórias silenciadas”, diz a exposição, em comunicado.
Já Leigh ganhou o Leão de Ouro de melhor participação por suas obras de escultura, vídeo e performance, que analisam a construção da subjetividade da feminilidade negra. A exposição chamou o trabalho dela de “rigorosamente pesquisado” e “poderosamente persuasivo”.
A Bienal de Veneza também premiou o artista libanês Ali Cherri com o Leão de Prata de jovem participante.
Neste ano, o tema do evento é “The Milk of Dreams” (“O leite dos sonhos”, em tradução livre). Mais de 200 artistas foram convidados e 59 países participam com seus próprios pavilhões. As obras ficarão em exposição até 27 de novembro.
(Fonte:G1)