Correio de Carajás

Feirantes do Laranjeiras cobram segurança da prefeitura

Feirantes querem agentes patrimoniais para dar segurança de madrugada/Fotos: Alex Varão/TV Correio (SBT)

Alocados em um galpão onde devem ficar por dois anos, enquanto a feira é reconstruída, feirantes do Bairro das Laranjeiras, em Marabá, enfrentam problemas sérios. O principal deles é a falta de segurança. Os arrombamentos aos boxes têm sido constantes. Eles exigem agentes de vigilância patrimonial ou mesmo guardas municipais no local, principalmente durante a madrugada.

Na manhã desta terça (24), registramos os donos de um dos boxes tentando ajeitar a porta, que foi arrombada nessa madrugada. Eles retiraram tudo do local devido ao arrombamento. O espaço pertence à irmã de dona Deusa Maria Souza, que está tomando conta do box porque a proprietária está internada. “Não é um fato isolado, essa situação não é de hoje”, alerta, ao acrescentar que nem sabe como dará a notícia do arrombamento para sua irmã.

Deusa Maria: “Não é um fato isolado, essa situação não é de hoje”

Entre os prejudicados está Eva Ribeiro, que já teve seu box furtado três vezes. Ela cobra providências e pede que os demais feirantes denunciem o problema. “Eu sei que eu fui roubada três vezes. Quem vai ficar no prejuízo sou eu. Se todo mundo botar a boca no trombone vão tomar providências”, resume, ao acrescentar que representantes da prefeitura sugeriram que os feirantes paguem segurança particular para cuidar do espaço que hoje é público.

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Eva Ribeiro: “Fui roubada três vezes. Quem vai ficar no prejuízo sou eu”

Outra feirante, Ana Caracas ainda não foi alvo de furto, mas cobra providências antes que o pior aconteça. “A gente não tem sossego, a gente não consegue dormir, com medo de roubarem o pouco que a gente tem…estou falando enquanto não me roubaram, porque depois não tem pra quê”, argumenta.

Ana Caracas: “A gente não tem sossego, a gente não consegue dormir”

O prejuízo dos feirantes se acumula porque, além de não terem agentes patrimoniais nem guardas municipais na feira, quando a prefeitura os colocou no galpão, todos os boxes eram de tapume. A prefeitura simplesmente pegou o material que foi usado nos abrigos da enchente para fazer os boxes improvisados, que deveriam ser usados por dois anos.

Vendo que o material não iria suportar esse período e que não tinha segurança alguma, os próprios feirantes pagaram entre R$ 4 e R$ 5 mil para fazer boxes metálicos, mas nem isso impede os roubos. Até mesmo o box da prefeitura na feira funciona numa barraca de madeira com pouca ventilação.

Nós pedimos nota da prefeitura sobre como será garantida a segurança dos boxes, mas ainda não obtivemos resposta.

(Chagas Filho)