Mulheres que trabalham na Feira Coberta da Avenida Getúlio Vargas, na Marabá Pioneira, procurara a Reportagem do Portal Correio, nesta sexta-feira (22), para denunciar estarem se sentindo ameaças por moradores de rua e usuários de drogas que utilizam o espaço para dormir durante à noite.
Segundo Angelita Almeida Sousa, que sofreu pessoalmente as ameaças, o problema é quando amanhece e os ocupantes querem continuar dormindo, sem abrir espaço para que os feirantes montem as barracas e possam trabalhar.
“De manhã, quando a gente chama, eles acham ruim e ficam ameaçando a gente. Eu estou ameaçada, eles dizem que vão tacar fogo nas minhas coisas. Ontem tacaram fogo em um colchão e ameaçam que vão tacar fogo em tudo”, diz a feirante.
Leia mais:Conforme ela, o grupo também é acostumado a deixar lixo para trás. “Até fezes a gente está acostumado a juntar. Aqui, qualquer hora da noite, dá pra ver que isso aqui tá tomado por eles e estamos trabalhando de manhã com medo. É vagabundo, se está ameaçando é vagabundo!”, declara, acrescentando que levanta diariamente às 4 horas para trabalhar e ainda precisa passar medo. “Está desse jeito”.
A colega, Maria Luiza de Castro Medeiros, diz que não há problema em se utilizar o espaço para se abrigar durante a noite, mas que não dá para conviver com as ameaças. “Passam a noite bagunçando aqui e ninguém se importa que eles durmam aqui, mas quando a gente chega de manhã pra trabalhar eles não querem sair, ficam aí até metade do dia como se estivessem dormindo nas casas deles”, reclama.
Segundo ela, é normal que os vendedores precisem acordar parte do grupo. “A gente chega pra trabalhar e pede pra eles saírem, pra arrumarmos as coisas, mas eles ficam zangados. Zangaram com uma feirante, falaram que iam tacar fogo. Não tacaram fogo nas coisas ainda, mas tacaram num colchão, como se fosse um aviso. Ainda largam papel de droga e outros lixos”, acrescenta.
A Reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal de Marabá, a qual informou que a Guarda Municipal e os Agentes Patrimoniais já foram informados da situação e irão tomar as providencias cabíveis. (Luciana Marschall – com informações de Josseli Carvalho)