Correio de Carajás

Fazenda Mutamba é alvo de roubo de madeira na sua reserva legal

Importante propriedade rural da região, a Fazenda Mutamba segue como alvo de grupos criminosos, que ao arrepio da lei, sem temor às autoridades, saqueiam sua área dia e noite. Uma dessas empreitadas, o roubo de madeira da sua reserva legal, foi flagrado na noite desta sexta-feira (20), quando um veículo foi apreendido tentando deixar a propriedade com parte do produto do roubo. Desta vez, no entanto, os bandidos foram flagrados por uma guarnição da Polícia Militar.

A viatura da PM policiava a vicinal da Escada Alta, por volta das 20h30, quando se deparou com a caminhonete Ford/F1000A, cor prata, placa JOC-2159, para da estrada e com carga de vários ripões de madeira. O motorista lvar Pedro Alves Neto foi abordado e assumiu não ter documentação de origem da madeira. Mais, ainda, admitiu logo de primeira que a carga estava vindo da Fazenda Mutamba, mas alegou ser apenas um contratado para o frete.

A carga era composta de 50 réguas (madeira) de 3 centímetros por 15 centímetros de 4 metros; 16 vigotas de 6 metros, medindo 5,5 por 12 centímetros de largura na carroceria.

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Segundo o tenente PM Vinicius Holanda, lvar Pedro disse, ainda, que o contratante do frete seria um homem conhecido por “Cavanhaque”, da Vila Sororó. A guarnição foi até o endereço da entrega da carga e abordou também o referido “Cavanhaque”, que viria a ser Luís Lopes dos Santos, como narra o Boletim de Ocorrência. Ambos os homens e a carga foram apresentados na Seccional de Polícia Civil, em Marabá.

REITERADOS

Os advogados da Mutamba destacam que esse é apenas um dos crimes e saques que acontecem rotineiramente naquela fazenda, ao arrepio da lei. Segundo eles, a área vem sendo alvo de criminosos e que as próprias representações de grupos Sem Terra afirmam não ter envolvimento com tais elementos, ou que sejam integrantes de movimentos.

“Todos os dias é um crime, todos os dias tocam fogo nas pastagens, dentro da reserva legal. Derrubam e roubam madeira. Com certeza tem gente graúda financiando isso. Até o MST já disse que não tem nada a ver com isso. Já comunicamos a todos os órgãos e os crimes seguem ocorrendo”, lamenta um representante da fazenda. (Da Redação)