Parentes e amigos de Raylane dos Santos de Oliveira, de 30 anos, fizeram protesto na tarde desta sexta-feira (28), na sede do Ministério Público. Ela morreu na madrugada da última quarta-feira (26), no Hospital Municipal de Marabá (HMM) e a família entende que houve negligência médica.
Eles já registraram Boletim de Ocorrência na Polícia Civil e exigem acesso ao prontuário médico da paciente e também a imagens de câmeras de videomonitoramento do HMM. Na avaliação deles, essas imagens podem mostrar que houve, sim, negligência no atendimento a Raylane.
Entre as pessoas que participaram do protesto, Fernando Oliveira Guido, primo da vítima, disse que Raylane morreu em seus braços. “A gente fica nervoso porque foi um descaso com minha prima; ela acabou morrendo naquele banco duro porque não tinha maca; e eles só vieram dar atenção quando não tinha mais jeito”, relata Fernando, aos prantos.
Leia mais:Outro primo de Raylane, David Oliveira pede que as autoridades de Marabá olhem para o HMM com mais atenção. “O hospital está com uma negligência total; pessoas caídas pelo chão, as salas superlotadas; não tem um lugar confortável para as pessoas chegarem e ser atendidas como tem que ser”, reclama.

Jonatan Oliveira, também primo da vítima, deu um recado para o prefeito Antônio Cunha e para outras autoridades do município, que passam muito tempo nas redes sociais e acabam esquecendo dos problemas reais da cidade.
“Instagram não é lugar de vocês; o lugar de vocês é lutando pelo povo. A população de Marabá está cansada. O prefeito de Marabá diz que a saúde é prioridade. Cadê a prioridade que está tendo aqui em Marabá?”, questiona.
Procurada por este CORREIO, a prefeitura de Marabá informou que, assim que notificada, a Secretária Municipal de Saúde (SMS) irá disponibilizar o que for necessário. “Ainda assim a própria secretaria está fazendo auditoria interna sobre o assunto”, diz a Secretaria Municipal de Comunicação (Secom). (Chagas Filho e Laura Guido/TV Correio-SBT)