Correio de Carajás

Família nega que irmãos sequestraram a mãe

Um dos casos policiais de maior repercussão deste ano tem mais um capítulo agora. Trata-se do sequestro da anciã Judith Moreira Aguiar, no dia 16 de maio deste ano, ocorrido em Bom Jesus do Tocantins. Na época, a polícia agiu rápido e prendeu todos os envolvidos, entre os quais dois filhos da própria vítima: Gelson Aguiar e Vanilda de Aguiar. Pois bem, agora os parentes dos acusados – e também da vítima – estão fazendo uma campanha na tentativa de provar que os filhos de Judith são inocentes.

Eles enviaram um vídeo e também uma nota de esclarecimento. Os dois documentos têm participação de pelo menos 20 membros da família.

Parentes dos acusados e da vítima gravaram vídeo defendendo Vanilda e Gelson

Na época do crime, a polícia prendeu também Izak Ferreira Souza e Gerson Silva Cabral Ferreira, este último seria namorado de Vanilda e é acusado de ter contratado Izak e o elemento Romildo da Conceição Santos, de 37 anos, que foi morto durante troca de tiro com os policiais quando o cativeiro foi estourado.

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Agora, os parentes dos filhos da vítima, acusados de planejar o crime hediondo, dizem que eles estão sendo acusados injustamente. “Nós somos conhecedores da verdade e estamos aqui para dizer que todas as acusações que pesam sobre os irmãos Gelson e Vanilda são inverdades e que não temos dúvidas da inocência de ambos, pois sabemos do real caráter que cada um tem, bem como o amor por sua mãe que clama por Justiça”.

Uma das possíveis provas da inocência do casal de filhos é o fato de que Judith havia doado sua parte das terras aos filhos, assinando espontaneamente o termo de doação, e que Vanilda tinha total acesso à conta da mãe, pois a conta era conjunta.

“Vanilda sempre viveu para cuidar da família e Gelson jamais poderia ter participado desse sequestro, pois o mesmo trabalhava e residia há meses em uma fazenda localizada a 60 quilômetros do município de Jacundá, não tendo sequer acesso a telefone”, afirmam os familiares.

Ouvido pelo jornal, por telefone, ontem, o superintendente regional de Polícia Civil, delegado Thiago Carneiro, explicou que, no âmbito da Polícia Civil, não há nada mais a ser feito, pois o inquérito policial já foi concluído e remetido ao Poder Judiciário e é lá que os acusados terão de provar sua inocência. (Chagas Filho)

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De acordo com as investigações policiais, o plano da quadrilha de sequestradores era extorquir a idosa, pois ela teria uma alta quantia em dinheiro no banco (cerca de R$ 67 mil), resultante da venda de gado.