A família de José Gonçalves Cordeiro, 93 anos, questiona o atestado de óbito dele por suspeita de Covid-19. O filho do idoso defende que o óbito foi consequência de o pai não estar se alimentando há vários dias, devido a uma depressão profunda, além dos resultados dos testes terem sinalizado negativo ao coronavírus.
Na matéria veiculada pela TV Correio Parauapebas desta quinta-feira (4), Valmir Gonçalves, filho de José, relata que os pais foram hospitalizados no Hospital Geral de Parauapebas, no mês de maio, e que a mãe foi diagnosticada com o vírus, mas que os exames do seu genitor deram negativos para a doença.
Valmir conta que mesmo o pai sendo transferido para a sala vermelha, uma médica disse a ele que não se tratava da Covid-19. Por isso, a família quer a documentação que comprove que de fato o idoso morreu vítima do vírus, já que Valmir alega que não foi entregue o resultado dos exames.
Leia mais:O filho ainda teve que pagar uma taxa de R$ 800 para lacrar o caixão do pai, que ficou internado durante dezessete dias, falecendo no dia 27 do mês passado.
Em resposta, a Assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Saúde disse ter adotado o mesmo protocolo seguido em todo Brasil, com relação às mortes suspeitas ao coronavírus. Uma vez que, uma pessoa que tenha alguma suspeita, mesmo tendo testado negativo, será obedecido este protocolo.
Depois de trinta dias da morte, a família poderá ter acesso à documentação. No caso do idoso, os exames serão novamente analisados, com o laudo final da causa da morte.
Assista ao vídeo do relato do filho do idoso. (Theíza Cristhine)