📅 Publicado em 29/10/2025 17h50
Na tarde desta quarta-feira (29), Wenderson Silva da Costa procurou o Correio de Carajás para fazer um pedido de ajuda. Após o nascimento do filho, Asafe Souza Costa, hoje com nove meses, a família descobriu que o bebê tem fibrose cística, uma doença genética rara e grave que afeta principalmente os pulmões e o pâncreas. Para tratar a condição, a criança precisa de diversas medicações e sessões diárias de fisioterapia.
Emocionado, Wenderson conta que a esposa precisou deixar o emprego para se dedicar integralmente aos cuidados com o bebê. O vigilante relata que a doença foi descoberta precocemente. “Com dois meses descobrimos a doença, através do teste do pezinho”, conta.
Após o diagnóstico, a família foi encaminhada para a capital, onde o pequeno Asafe realiza retornos mensais. “Todo mês precisamos ir até Belém para acompanhamento com pediatra, nutricionista, psicólogo, assistente social e fisioterapeuta”, explica o pai.
Leia mais:Em julho deste ano, a família iniciou uma vaquinha online que já arrecadou cerca de R$ 16 mil, somando as doações recebidas pela plataforma e via pix. “Estamos correndo, fazemos rifa, bazar, postamos nas redes para conseguir. Quanto mais rápido, melhor”, diz o pai.
As doações podem ser feitas pela vaquinha online neste link: https://www.vakinha.com.br/5633844?utm_campaign=share-sharemodal&utm_medium=share-bottom-whatsapp&utm_content=5633844&utm_source=socialshares-app-share ou via Pix: ajudeoasafe@gmail.com / (94) 98196-8503.
Wenderson explica que a doença faz com que o corpo do filho produza um muco mais espesso que o normal, o que provoca infecções respiratórias e dificulta a absorção de nutrientes. “O pulmão dele cria muco e ele não consegue expelir. Isso vai acumulando, gerando infecção”, descreve o pai.

O bebê também precisa ingerir diariamente uma enzima chamada pancreatina para conseguir absorver os nutrientes dos alimentos. “Toda vez que ele vai tomar o leite, precisa de meia cápsula da medicação. Sem isso, o corpo não aproveita os nutrientes da comida”, explica.
As viagens mensais a Belém, essenciais para o acompanhamento médico, também pesam no orçamento da família, que mora no Bairro Araguaia.
Agora, a maior luta é conseguir o Trikafta, um medicamento avaliado em R$ 35 mil, considerado capaz de interromper a progressão da doença. O produto original custa cerca de R$ 92 mil e só é encontrado na Argentina, mas há uma versão genérica mais acessível. “Esse remédio é praticamente um milagre. Não temos condições de comprar o original, então queremos o genérico. A medicação faz com que a proteína do corpo dele volte ao normal”, explica Wenderson.
O pai acrescenta que a Anvisa proíbe o uso da medicação em menores de dois anos, o que inviabiliza o pedido via Ministério Público. “Não conseguimos pelo Ministério Público, só após os dois anos. Aqui na cidade conversei presencialmente com o prefeito e ele disse que não podia fazer nada, apenas custear as passagens para Belém”, relata.
Com o pedido de ajuda, a família espera arrecadar fundos para custear o tratamento que pode aliviar as dores de Asafe. O bebê passa por sessões diárias de fisioterapia e necessita de cuidados constantes, por isso, o pai faz um apelo ao povo marabaense.
