A Faculdade de Comunicação (Facom) da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), no campus de Rondon do Pará, se destacou na última seleção de bolsas de iniciação científica, conquistando 16 das 22 bolsas conquistadas pelo Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA). O resultado destaca o estímulo da unidade para a produção acadêmica e a formação de novos pesquisadores, motivando os estudantes a desenvolverem projetos voltados à comunicação, à cidadania e às novas tecnologias.
A iniciação científica é uma das principais portas de entrada dos estudantes na pesquisa acadêmica. Por meio dela, os alunos são orientados por docentes a desenvolverem projetos que aprofundam temas específicos de seus cursos, além de contribuir para o fortalecimento da pesquisa e inovação dentro da universidade.
Lygia Policarpo, diretora de Pesquisa e Inovação Tecnológica da Unifesspa, explica a importância das bolsas e a origem dos recursos. “Essas bolsas são concedidas por meio de agências de fomento como a Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Política Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), que têm sido fundamentais para incentivar a iniciação científica na universidade”, afirma.
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Para a diretora, o resultado reflete o engajamento dos docentes e discentes na consolidação de uma cultura de pesquisa na Facom. “Temos observado um crescente interesse dos alunos pela iniciação científica, e isso se traduz em mais projetos, mais publicações e maior visibilidade para a Faculdade”, completa.
Karolina Calado, professora e vice-diretora da Facom, ressaltou que o fortalecimento da iniciação científica representa um investimento direto na consolidação da pesquisa em Comunicação e no compromisso social da universidade. “É de extrema relevância o desenvolvimento de Projetos de Iniciação Científica (Pibic) para o fortalecimento de um dos tripés da universidade, a pesquisa. Para que a execução de tais projetos aconteça de forma plena é importante contar com mecanismos de financiamento que possibilitem aos discentes se dedicarem integralmente às atividades do Pibic. Portanto, ampliar o número de bolsas de iniciação científica na Facom significa contribuir com a consolidação da ciência na Comunicação e na Unifesspa, investir na formação científica e crítica do corpo discente, reafirmar o compromisso público do ensino superior com a transformação da realidade por meio do conhecimento, especialmente em contexto amazônico”, ressalta.
Ingrid Bassi, professora do curso, pontua que as bolsas impactam diretamente a formação dos estudantes. “As bolsas de iniciação científica representam um primeiro passo importante para inserir os alunos na pesquisa de forma mais séria e aprofundada. É um espaço onde eles começam a utilizar metodologias de pesquisa, compreendendo melhor o processo científico. Muitos acabam se encantando com a experiência e seguem desenvolvendo outras pesquisas, inclusive ingressando na área acadêmica, em programas de pós-graduação”.
Ingrid acrescentou que, além do retorno financeiro que a bolsa oferece, o mais relevante é o aprofundamento na área científica, que contribui significativamente para a formação dos estudantes e para a ampliação da visão sobre o campo da Comunicação como um todo.
Entre os projetos selecionados, o da bolsista Hellen Guedes, do 6º período, chama atenção pela relevância social, cuja temática é: “SUS e a comunicação dialógica: estratégias dos Agentes Comunitários de Saúde em Rondon do Pará”. Segundo Hellen, a experiência na iniciação científica tem sido essencial para seu crescimento acadêmico e profissional. “Acredito que ela será de grande contribuição para o meu desenvolvimento acadêmico e profissional. O tema que irei investigar busca preencher uma lacuna de conhecimento sobre esse assunto no município e será de grande importância”, disse.
As bolsas de iniciação científica incentivam a pesquisa e promovem o interesse acadêmico de longo prazo, preparando os alunos para desafios futuros na carreira e na área acadêmica.
Com essa conquista, a Facom reafirma seu papel como referência em formação acadêmica e pesquisa em Comunicação, mostrando que investir em estudantes é investir no futuro da ciência e da sociedade. Para os bolsistas, como Hellen Guedes, a oportunidade vai além do aprendizado: representa a chance de gerar conhecimento que dialoga diretamente com a realidade de seu município e de transformar impactos concretos na comunidade. Assim, a iniciação científica se consolida não apenas como uma etapa de formação acadêmica, mas como um instrumento de transformação social, ampliando o alcance da universidade na região amazônica e fortalecendo a conexão entre ensino, pesquisa e cidadania. (Renata Ricelly / Núcleo Experimental de Jornalismo da Unifesspa)
