A Galeria Vitória Barros, em Marabá, inaugura duas novas exposições dentro do programa “Galeria Aberta”. Com obras de Carla Beltrão e uma homenagem ao Mestre Nato, o espaço oferece ao público uma reflexão sobre a transformação de materiais e a diversidade religiosa, com acesso gratuito até 20 de setembro.
Natacha Barros, curadora da Galeria Vitória Barros, anunciou a abertura de novas exposições que integram o programa “Galeria Aberta”. O programa, iniciado em agosto, se estende até o fim do mês, com duas exposições: “Sólidos”, de Carla Beltrão, e “O Bruxo do Guamá”, uma homenagem ao Mestre Nato, falecido há dez anos.
As exposições podem ser visitadas gratuitamente de segunda a sábado na Galeria Vitória Barros, localizada na Avenida Itacaiunas, no Bairro Belo Horizonte, Núcleo Cidade Nova.
Leia mais:Em entrevista ao Correio de Carajás, Natacha destacou a importância de levar exposições para além da capital, proporcionando visibilidade a artistas em início de carreira. “Trazer essa visibilidade para fora do ambiente de origem é significativo, especialmente em Marabá, um lugar de resistência na produção e consumo de arte”, afirma.
A exposição “Sólidos”, de Carla Beltrão, explora poéticas do reaproveitamento, com obras que utilizam sacos plásticos como matéria-prima. A artista usa a técnica de fusionagem, que envolve a prensagem a quente de materiais plásticos, criando novas formas de expressão artística.
HOMENAGEM AO MESTRE NATO
“O Bruxo do Guamá” relembra os dez anos do falecimento de Mestre Nato. “Essa exposição fala sobre respeito à diversidade religiosa, algo que ele valorizava profundamente”, observou Natasha. A curadora também é responsável pelo Memorial Mestre Nato, um projeto que homenageia a vida e as obras do artista.
O memorial traz a Marabá uma seleção do acervo de Raimundo Nonato, em parceria com a Galeria de Arte Vitória Barros e curadoria de Natacha Barros. Nato foi um artista multifacetado, com experiências em diversas áreas, desde a alfaiataria até o teatro, onde atuou como cenógrafo e figurinista. Em 1990, sua primeira exposição individual em Belém, utilizando a técnica de Monotipia, consolidou sua trajetória artística.
Após sua morte em 2014, o legado de Nato foi preservado por Natasha Barros e Alê Nogueira, que inauguraram o Memorial Mestre Nato em 2015, visando salvaguardar sua obra e vida por meio de ações colaborativas.
(Milla Andrade)