A Exposição “Lôdo”, de Antônio Botelho, traz um conjunto de dez obras inéditas, mostrando uma série de desenhos inspirados nas mutáveis imagens nascidas e reveladas entre as grossas camadas de lodo impregnadas na parede do corredor lateral de sua residência.
A abertura de “Lôdo” acontece na próxima quinta-feira (20), a partir das 19 horas, no Pontal Instituto Cultural, localizado no Bairro Belo Horizonte, em Marabá.
Segundo o artista, o isolamento social durante a pandemia da covid-19 o direcionou a interpretar superfícies do muro em torno de sua casa, tendo ali um repertório para dialogar com suas memórias.
Leia mais:“A minha casa mora entre a rua e o quintal, interligados por um úmido corredor umbilical”, diz Antônio Botelho.
Nos últimos dois anos, esse perímetro – entre a rua e o muro – passou a ser objeto de observação, inspirando e revelando imagens que interligam o seu lugar íntimo com a criação artística, a partir das grossas camadas de lodos impregnados nas paredes.
“A pandemia trouxe de volta o olhar sobre a minha casa, aflorando minhas produções artísticas impregnadas de signos, dando início a um novo processo, que resultou num conjunto de obras inéditas, na linguagem de desenho em tela e papel paraná, utilizando lápis de cera e grafite”, explica.
A iniciativa da exposição Lôdo conta com a parceria da Prefeitura Municipal de Marabá, por meio de uma emenda parlamentar do vereador Márcio do São Félix.
Antônio Botelho é artista visual, arte-educador, historiador, produtor cultural e percussor dos movimentos artísticos culturais na região sudeste do Pará.
Foi fundador e presidente da Associação dos Artistas Visuais do Sul e Sudeste do Pará; coordenador da Rede Carajás de Cooperação Cultural; membro do Fórum Permanente de Cultura, Arte e Cidadania de Marabá; e membro do Conselho Nacional de Políticas Culturais–Setorial de Artes Visuais. Atualmente está vice-presidente da Associação dos Artistas Visuais do Sul e Sudeste do Pará. (Ana Mangas)