Desde o dia 28 de junho, as Forças Armadas estão trabalhando em ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais, em especial o desmatamento ilegal que ocorre em terras indígenas. A Operação Samaúma – nome em homenagem a maior árvore da Floresta Amazônica – terá atuação dos militares em seis municípios paraenses: Altamira, Itaituba, Jacareacanga, Novo Progresso, São Félix do Xingu e Trairão.
Com diversos órgãos federais, estaduais e municipais envolvidos na operação, as Forças Armadas prestarão apoio logístico, de transporte, segurança e comunicação para facilitar o trabalho das demais agências, como Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais), ICMBio (Instituto Chico Mendes) e as secretarias municipais de meio ambiente.
“Esse trabalho é fruto dos diversos sistemas de monitoramento de desmatamento. Existe o Conselho Nacional da Amazônia Legal que executa um trabalho permanente de desenvolvimento e proteção dessa área. Desta forma, foram identificados esses seis municípios, que são os que mais contribuem para o desmatamento ilegal”, explica o comandante da 23ª Brigada de Infantaria da Selva, general Giovani Moretto.
Leia mais:Com duas vertentes, a Samaúma busca atender as solicitações das demais agências federais e realizar ações preventivas, com patrulhamentos terrestres e fluviais, buscando identificar o desmatamento ilegal. “Nós já temos pedidos da Funai, do ICMbio e do Ibama para montar bases de operações e a partir disso realizar ações nas proximidades”, explica o comandante.
A 23ª Brigada tem um total de 4.600 militares que estão disponíveis para a Operação Samaúma. À medida que houver solicitação dos órgãos ambientais, a quantidade do pessoal em terreno vai aumentando.
Inicialmente, a operação está prevista para terminar dia 31 de agosto de 2021. Contudo, é possível que haja uma prorrogação, dependendo de como as ações forem sendo desenvolvidas. “Se verificarmos a necessidade, pode ser que seja estendida”, finaliza. (Ana Mangas)